Automação, revolução e pós-capitalismo | DAVID HARVEY

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De Elon Musk a Paul Mason, o falatório sobre "pós-capitalismo" tem cada vez mais pipocado no debate público a respeito das transformações de tecnologia, automação e inteligência artificial. Mas até que ponto isso constitui uma verdadeira revolução? Como uma esquerda marxista deveria se posicionar nessa nova configuração da acumulação de capital? Quanto disso se deve à contrarrevolução neoliberal? E como avaliar o potencial de propostas como a de Renda Básica Universal, que conta com apoio tanto de setores progressistas quanto de figuras do Vale do Silício?

Estas são algumas das questões abordadas pelo geógrafo marxista David Harvey nesta conversa com Artur Renzo em torno do livro "A loucura da razão econômica: Marx e o capital no século XX". O vídeo integra uma série exclusiva de 6 vídeos produzida pela TV Boitempo em torno do livro.

📚 OBRAS DE DAVID HARVEY

📕A LOUCURA DA RAZÃO ECONÔMICA: Marx e o capital no século XXI, de David Harvey

📕 OS SENTIDOS DO MUNDO: textos essenciais, de David Harvey

📕 17 CONTRADIÇÕES E O FIM DO CAPITALISMO

📕 PARIS, CAPITAL DA MODERNIDADE

📕OS LIMITES DO CAPITAL

📕PARA ENTENDER O CAPITAL: LIVRO I

📕PARA ENTENDER O CAPITAL: LIVROS II E III

📕 O ENIGMA DO CAPITAL: e as crises do capitalismo

OS SENTIDOS DO MUNDO reúne ensaios escolhidos pelo próprio Harvey, oferecendo uma síntese retrospectiva de suas mais importantes e originais contribuições teóricas. A coletânea abarca um imenso leque de temas – da ecologia à pós-modernidade, passando por imperialismo, geopolítica, história urbana, crises financeiras e as dinâmicas de urbanização – e ao mesmo tempo revela um fio condutor comum e uma coerência articulada no trabalho de edição.

Harvey é um dos mais notáveis intelectuais marxistas das últimas décadas e um dos autores mais citados do mundo nas ciências sociais. Com mais de 50 anos de carreira acadêmica e militante, escreveu diversos livros e dezenas de ensaios e artigos influentes sobre temas que atravessam política, cultura, economia e justiça social.
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Комментарии
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☝🏾NÃO ESQUEÇA DE ATIVAR AS LEGENDAS AQUI NO YOUTUBE ☝🏾

Legendamos em português todos os vídeos desta nova série com David Harvey aqui na TV Boitempo. Para visualizá-las, basta ativar as legendas no botão (c: "Legendas/Legendas ocultas") na parte inferior de seu tocador de YouTube. Se você estiver visualizando este vídeo no celular, o botão fica no canto superior direito da tela!

TVBoitempo
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Apesar das controvérsias que tenho em relação a Harvey, é impossível não escutar a sabedoria tão didática do professor

gabriel_almessias
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Toda a admiração e respeito ao professor Harvey, mas acredito que sua posição quanto à Renda Básica seja em parte baseada em pressupostos um tanto equivocados. Quando ele questiona se as pessoas teriam motivação recebendo esse dinheiro. A posição atual da pesquisa científica é de que a motivação não está diretamente associada ao ganho do dinheiro, este podendo inclusive diminuir a motivação. Poderemos nos engajar com mais tranquilidade em trabalhos significativos para nós se não estivermos tão desesperados procurando apenas sobreviver. Parabéns à Boitempo por trazer esse fera!!!

gilbpaul
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Quanta sabedoria. Incrível! A citação sobre o fascismo interno de cada um me impactou.

mariaaugusta
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Sem discordar, tenho, contudo, uma preocupação. O neoliberalismo é "apenas" a expressão do capitalismo em determinado contexto (fim do fordismo, da Guerra Fria e do padrão ouro). O grande desafio não é o enfrentamento do neoliberalismo, mas do capitalismo.

Gustavo_Gindre
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David Harvey é um intelectual incrível, um tremendo filósofo da contemporaneidade!👏👏

marcosarjona
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Li apenas uma obra do Harvey, o enigma do capital. Adorei a leitura, genial e nos faz compreender um pouco desse insano mundo contemporâneo! Parabéns Boitempo!

Alyest
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Essa é a discussão mais urgente do mundo.

Se o atual conhecimento tecnológico da humanidade fosse utilizado sem parcimônia para eliminar a escassez, resolver os problemas da Terra e libertar as pessoas do trabalho, já hoje estaríamos vivendo em uma utopia de abundância e liberdade onde o dinheiro não faz mais nenhum sentido e o lazer é a maior expressão do ser humano ao invés do trabalho. Ou, pelo menos, estaríamos caminhando rapidamente nessa direção.

Tudo o que nos falta é libertação de correntes mentais e ação revolucionária.

Se a vida humana contemporânea na Terra fosse observada de um ponto de vista alienígena que enxergasse a pequenez da nossa Terra no universo e a pequenez dos nossos séculos no tempo, o fenômeno mais intrigante para eles seria esse paradoxo de conhecimento tecnológico avançado que nós temos coexistindo com a nossa insistência inexplicável em seguir vivendo uma cultura de escassez pré-indústria. Tipo, na era da internet até o streaming de filmes é restringido a uma fração da sociedade, que só tem acesso a uma fração dos filmes. Livros, jogos e software podem ser infinitamente replicados a um custo praticamente nulo, mas em nome do comércio também são rigorosamente restringidos. Na indústria, praticamos a obsolescência programada para que assim possamos trabalhar mais e vender mais (e extrair mais da natureza e poluir mais o mundo).

Tenta explicar essa cultura de dinheiro e empregos a um alienígena sem soar estúpido.

Sugestões de material sobre o tema:
Projeto Vênus e a Economia Baseada em Recursos
Manifesto Contra o Trabalho
David Graeber on the explosion of bullshit jobs
Tedx do Luli Radfahrer
CGP Gray viral video on automation

Vini-BR
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Sem discordar de David Harvey que é um mestre, os problemas apontados por ele presentes na Renda Básica podem ser resolvidos se o modelo de distribuição da mesma se der através de um imposto de renda invertido.
Define-se um piso de renda anual que é corrigido ao final do ano durante a declaração do imposto de renda e qualquer valor abaixo do mínimo de renda aceitável é coberto pelo Estado. Isentos e desempregados/informais estariam num regime especial de auxílio emergencial.
Desta maneira, a Renda Básica estaria atrelada a atividade laboral, garantindo e incentivando o trabalho ao mesmo tempo que ameniza a distância entre as classes.
Se perguntarem pra mim, o ideal seria a abolição da sociedade de classes e a automação completa de todo labor com foco em distribuição e pesquisa científica... Mas o que está mais perto? E o que resolve de maneira mais realista os atuais conflitos?
Quem não tem cão, caça com gato...

JoaoNeto-upzi
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Óh mundo ruim esse em que não teríamos que nos preocupar com nada a não ser andar ao Sol de tarde.

guilhermegarcia
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Renda Cidadã, aos 18 anos, CPF e conta bancária, todo mês, uma porcentagem do Tesouro Nacional. Cidadania, interesse político e acompanhamento da situação financeira do país.
O Estado é um reflexo do estado e de qualquer forma basta estarmos vivos para criarmos sociedades.
A tutela é uma ilusão.

vicentejouclas
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Recentemente, Bolsonaro afirmou que "não há nem haverá empregos para todos, graças à próxima 'Revolução Industrial'". E acrescentou que não poderia (nem quer, sabemos) fazer nada a respeito.

Notem que atualmente sequer estamos falando mais na (necessária) melhoria e diversificação dos tipo de empregos (trabalhos) e, consequentemente, da qualidade da educação e do conhecimento e do aumento da renda, senão de todos, da esmagadora maioria da população brasileira. E sim delimitando uma quantidade -- o oposto da ideia de investimentos em desenvolvimento e progresso --, reconhecendo diretamente que MUITOS perecerão com aval e participação do Estado e das elites que o controlam.

Em definitivo, se depender dessa nossa elite e classe média terceiro-mundista, antiquada, predatória, escravocrata, não-patriota, burra, complexada, egoista e ganaciosa, o Brasil continuará sendo um mero celeiro do mundo desenvolvido, com apenas 0, 1% da população exportando bens primários baratos e importando tecnologias e conhecimentos bem mais caros que só estarão acessíveis a 10% da população.

Enfim, continuaremos a ser COLÔNIA em todos os aspectos e sentidos e com todas as profundamente negativas consequências sociais e culturais previsíveis e já sabidas.

Aliás, esse livro deve ser maravilhoso!

AiwaLover
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4:02 Eu acredito que dessa vez é diferente... Nas outras revoluções industriais e suas respectivas reestruturações das relações de trabalho, a capacidade de trabalho humana só foi substituída e então realocada. Dessa vez talvez não há onde realocar, pois é uma questão de tempo para a máquina seja superior ao ser humano em todas (ou quase todas) as formas.

edisonfilho
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Antes de mudar a ideia neoliberal embutida na cabeça das pessoas, é preciso mudar primeiro a realidade em algum grau para que isso seja possível. Afinal, é isso que o Materialismo de Marx fala repetidas vezes. Então, os que já tem a consciência de classe, temos que fazer!

canaldoguga
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Ainda bem que nesse vídeo ele fala com conviccao. Pq qdo ele lecionava sobre os Grundisses ouvi-lo me dava sono e não era por causa do estilo do Marx.

johnamaral
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obrigado por postar, mas essa sonoplastia no fundo ficou ruinzona ein

Hendrixes
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Todo o que se quer explicar está no Espiritismo, a sociedade avança de acordo com a evolução mental das pessoas, é muito lento e penoso este caminho. Claro que Kardec não fica especulando teorias filosóficas, ele nos manda luz de entendimento, e também nos ensina a utilizar o consenso e o bom senso.

sergioalbertoriverajimenez
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A Nova Zelândia não seria uma tendencia pós-capitalista?

amersonlucas
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A renda básica universal, para todos, mesmo que não precisem dela para sobreviver e mantar uma mínima dignidade, é estranha mesmo, mas é indispensável para a grande parcela da população que não tem mais lugar econômico na atualidade de automação e robotização crescentes. Desçamos a níveis mais simples de entendimento. Ninguém em sã consciência deixaria o próprio filho morrer de fome por insuficiência financeira. O ser humano desta era é filho do sistema ao qual esta imerso. Os controladores deste sistema são pais irresponsáveis que criaram as condições para que o desamparo se alastrasse e é momento de cobrar estes ricos construtores da agenda dos acontecimentos, o mesmo que fazem com suas próprias famílias abastadas e improdutivas ou seja, é hora destes ultra ricos bancarem a sobrevivência dos filhos que sua ganancia gerou, assim como fazem com próprios filhos de sangue, sem a menor crise de consciência que possa fazê-los pensar que essa atitude vai torna-los dependentes, alienados ou qualquer coisa que o valha. O que vai acontecer com a renda mínima é a libertação do ser humano da barbárie máxima do sistema capitalista. A possibilidade se abre para que esse ser, liberto da miséria da corrida de ratos que o capitalismo impõe, possa se abrir para a própria criatividade e consciência em níveis mais altos. Ao invés de ter que se submeter, mudo, a um senhor que lhe impõe a estupidez de todas as formas, fica livre dele ou tende a isso, para que possa pensar sem amarras. Não precisa mais agradar a senhores, não precisa se adequar as condições estúpidas que mantem empregados os que temem o desemprego e num segundo momento, a condição de liberdade de pensamento destes livres da miséria absoluta, pode salvar da mediocridade a vida daqueles submetidos as condições barbaras de trabalho. Nesta condição independente, se abre para a possibilidade de apontar o grotesco de nossa condição de forma indignada, sem medo do julgamento de um patrão.

Nato
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Is not about free time, is about quality time which gives you a sense of purpose. And ubi is good thing but is none achievable, because lessen power struggle of classes. If you struggle to survive you can't think much of ecology or human rights.

svetlicam