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Maysa canta 'Meu mundo caiu' (Videoclipe com cenas de 1960 e 1958)
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Maysa Figueira Monjardim, mais conhecida como Maysa Matarazzo ou simplesmente Maysa (Rio de Janeiro, 6 de junho de 1936 — Niterói, 22 de janeiro de 1977), foi uma cantora, compositora, instrumentista e atriz brasileira. Fez grande sucesso nas décadas de 1950 e 1960 sendo uma das precursoras do samba-canção, passando a ser uma grande expoente deste gênero e a representar uma nova estética musical como cantora, filtrando a dramaticidade exagerada do samba-canção em letras obviamente românticas; tornou-se também uma figura importante na cultura popular brasileira.
A carreira musical de Maysa começou de forma banal quando o produtor Roberto Corte-Real a convidou para gravar um disco durante uma reunião familiar, em 1956. Ela então gravou um disco em caráter beneficente com renda revertida para a campanha contra o câncer, o que vetava qualquer possibilidade de carreira profissional, quando o disco começou a fazer sucesso no eixo Rio-São Paulo.
Biografia
Maysa nasceu numa família tradicional do Espírito Santo. Era filha de Alcebíades Guaraná Monjardim e Inah Figueira Monjardim. Ela tinha apenas um irmão. A cantora era neta do barão de Monjardim, que foi presidente da província do Espírito Santo por cinco vezes, e bisneta do comendador José Francisco de Andrade e Almeida Monjardim, que presidiu a província do Espírito Santo por treze vezes e foi membro da junta governativa capixaba de 1822-1824. Sua família, os Monjardim (de origem genovesa),[6] eram donos da histórica Fazenda Jucutuquara, em Vitória, no Espírito Santo, cuja sede hoje é o Museu Solar Monjardim, no bairro Jucutuquara. Seu proprietário era o capitão-mor Francisco Pinto Homem de Azevedo, trisavô de Maysa. A filha e herdeira do capitão-mor, Ana Francisca Maria da Penha Benedito Homem de Azevedo, casou-se com o comendador José Francisco de Andrade e Almeida Monjardim, passando a fazenda a ser propriedade da família Monjardim.
Maysa nasceu e foi criada em uma mansão no tradicional bairro carioca de Botafogo. Em 1947, a família mudou-se para Bauru, no interior paulista, devido à transferência de posto de trabalho de seu pai. Posteriormente, em 1950, mudaram-se para a cidade de São Paulo, onde Maysa estudou, na adolescência, no tradicional colégio paulistano Assunção, no Ginásio Ofélia Fonseca, e, contra sua vontade, foi enviada, aos sete anos de idade, para estudar no colégio interno de freiras Sacré-Cœur de Marie, em Paris, onde toda menina de família rica e tradicional deveria estudar para ter um bom currículo, só tendo voltado ao Brasil aos 11 anos, quando sua família saiu do Rio para Bauru.
Desde criança sonhava em ser cantora. Se apresentava cantando e tocando violão apenas para os familiares. Com aptidão natural para a música, só estudou canto para se aperfeiçoar. Era uma jovem à frente de seu tempo. Gostava de beber e fumar em público, além de usar cabelos curtos e calças, hábitos masculinos na época, o que causava atritos familiares. Apesar disto, era extremamente vaidosa e romântica, gostando de escrever músicas, poemas e cartas de amor. Aos dezoito anos casou-se com empresário André Matarazzo, antigo amigo de sua família e dezessete anos mais velho que a cantora, por quem ela era secretamente apaixonada desde a adolescência. A cerimônia ocorreu na Igreja da Sé. Após o matrimônio, passou a assinar Maysa Monjardim Matarazzo. Seu marido era membro do importante ramo ítalo-brasileiro da família Matarazzo, donos de uma fortuna bilionária e das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo - durante décadas o maior complexo industrial da América Latina. Com pouco tempo de casados, nasceu Jayme Monjardim Matarazzo, diretor de cinema e telenovelas.
Separou-se do marido em 1957: Ele não aceitava a vocação de cantora da esposa, não apoiando seu sonho, dizendo que uma Matarazzo era dona de casa e não trabalhava, muito menos na noite. Não suportando as humilhações do marido, e por não se dar bem com sua sogra, optou por sair de casa. Havia muito preconceito com atrizes e cantoras na época, sendo julgadas de vulgares e mulheres que não eram de família. Mesmo sofrendo por amar o marido, não teve medo de correr riscos e enfrentar preconceitos, e decidiu seguir sua vontade e saiu de casa com o filho, indo morar novamente com seus pais, um grande escândalo para aquela época conservadora. Após o desquite, voltou a usar seu sobrenome de solteira, Figueira Monjardim, ficando furiosa quando havia alguma matéria jornalística que ligasse seu nome ao sobrenome Matarazzo, de quem não quis nada, nem pensão para se manter.
Morte
No fim da tarde do dia de casamento do seu filho, em 1977, Maysa pegou seu carro e voltou para Maricá, onde morava havia alguns anos, quando um terrível acidente automobilístico na Ponte Rio-Niterói deu fim à sua vida. Em exames necroscópicos foi constatado que a cantora estava sóbria no momento do acidente. Em uma de suas últimas anotações no diário que a acompanhava desde adolescente, registrou:
A carreira musical de Maysa começou de forma banal quando o produtor Roberto Corte-Real a convidou para gravar um disco durante uma reunião familiar, em 1956. Ela então gravou um disco em caráter beneficente com renda revertida para a campanha contra o câncer, o que vetava qualquer possibilidade de carreira profissional, quando o disco começou a fazer sucesso no eixo Rio-São Paulo.
Biografia
Maysa nasceu numa família tradicional do Espírito Santo. Era filha de Alcebíades Guaraná Monjardim e Inah Figueira Monjardim. Ela tinha apenas um irmão. A cantora era neta do barão de Monjardim, que foi presidente da província do Espírito Santo por cinco vezes, e bisneta do comendador José Francisco de Andrade e Almeida Monjardim, que presidiu a província do Espírito Santo por treze vezes e foi membro da junta governativa capixaba de 1822-1824. Sua família, os Monjardim (de origem genovesa),[6] eram donos da histórica Fazenda Jucutuquara, em Vitória, no Espírito Santo, cuja sede hoje é o Museu Solar Monjardim, no bairro Jucutuquara. Seu proprietário era o capitão-mor Francisco Pinto Homem de Azevedo, trisavô de Maysa. A filha e herdeira do capitão-mor, Ana Francisca Maria da Penha Benedito Homem de Azevedo, casou-se com o comendador José Francisco de Andrade e Almeida Monjardim, passando a fazenda a ser propriedade da família Monjardim.
Maysa nasceu e foi criada em uma mansão no tradicional bairro carioca de Botafogo. Em 1947, a família mudou-se para Bauru, no interior paulista, devido à transferência de posto de trabalho de seu pai. Posteriormente, em 1950, mudaram-se para a cidade de São Paulo, onde Maysa estudou, na adolescência, no tradicional colégio paulistano Assunção, no Ginásio Ofélia Fonseca, e, contra sua vontade, foi enviada, aos sete anos de idade, para estudar no colégio interno de freiras Sacré-Cœur de Marie, em Paris, onde toda menina de família rica e tradicional deveria estudar para ter um bom currículo, só tendo voltado ao Brasil aos 11 anos, quando sua família saiu do Rio para Bauru.
Desde criança sonhava em ser cantora. Se apresentava cantando e tocando violão apenas para os familiares. Com aptidão natural para a música, só estudou canto para se aperfeiçoar. Era uma jovem à frente de seu tempo. Gostava de beber e fumar em público, além de usar cabelos curtos e calças, hábitos masculinos na época, o que causava atritos familiares. Apesar disto, era extremamente vaidosa e romântica, gostando de escrever músicas, poemas e cartas de amor. Aos dezoito anos casou-se com empresário André Matarazzo, antigo amigo de sua família e dezessete anos mais velho que a cantora, por quem ela era secretamente apaixonada desde a adolescência. A cerimônia ocorreu na Igreja da Sé. Após o matrimônio, passou a assinar Maysa Monjardim Matarazzo. Seu marido era membro do importante ramo ítalo-brasileiro da família Matarazzo, donos de uma fortuna bilionária e das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo - durante décadas o maior complexo industrial da América Latina. Com pouco tempo de casados, nasceu Jayme Monjardim Matarazzo, diretor de cinema e telenovelas.
Separou-se do marido em 1957: Ele não aceitava a vocação de cantora da esposa, não apoiando seu sonho, dizendo que uma Matarazzo era dona de casa e não trabalhava, muito menos na noite. Não suportando as humilhações do marido, e por não se dar bem com sua sogra, optou por sair de casa. Havia muito preconceito com atrizes e cantoras na época, sendo julgadas de vulgares e mulheres que não eram de família. Mesmo sofrendo por amar o marido, não teve medo de correr riscos e enfrentar preconceitos, e decidiu seguir sua vontade e saiu de casa com o filho, indo morar novamente com seus pais, um grande escândalo para aquela época conservadora. Após o desquite, voltou a usar seu sobrenome de solteira, Figueira Monjardim, ficando furiosa quando havia alguma matéria jornalística que ligasse seu nome ao sobrenome Matarazzo, de quem não quis nada, nem pensão para se manter.
Morte
No fim da tarde do dia de casamento do seu filho, em 1977, Maysa pegou seu carro e voltou para Maricá, onde morava havia alguns anos, quando um terrível acidente automobilístico na Ponte Rio-Niterói deu fim à sua vida. Em exames necroscópicos foi constatado que a cantora estava sóbria no momento do acidente. Em uma de suas últimas anotações no diário que a acompanhava desde adolescente, registrou:
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