Tá faltando ATIVO no mercado? │ canal GAY NERD

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Um seguidor reclamou nos comentários que "anda faltando ativo no mercado". Perguntei no Insta e vários de vocês concordaram. Mas também levantaram uma questão: quem é esse "ativo" que todo mundo tá procurando?

De um lado, os gays que buscam um ativo "idealizado" (viril, dotado, insaciável, jamais passivo). Do outro, os versáteis ou ativos que são ignorados só porque não cumprem essas expectativas de masculinidade. E aí? Tem jeito pra esse desencontro?
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Комментарии
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Acho interessante pensar como essa ideia de ativo e passivo perpassa modulações de performance de gênero. Essa ideia de "tá faltando ativo" me parece muito mais uma forma de inferiorizar o "passivo", uma vez que só sentimos falta daquilo que nós valorizamos. E se valorizamos algo, é por que aquilo de certa forma tem uma importância. É a velha história de valorizar o que é lido como "viril".
Inclusive, ser ativo ou passivo me remete muito a ideia do "pênis" como protagonista do sexo, o que também se liga a este aspecto "performatico" do gênero.
Se ainda continuarmos tratando dos lugares de "ativo" e "passivo" como um dado pessoal, não social, vamos continuar entregues a uma dinâmica de exclusão dentro da comunidade gay.
Talvez o que esteja em falta não sejam "ativos", mas pessoas que estejam abertas a abrirem mão de determinadas performances de gênero que também atravessam questões sexuais.

fellipealbuquerque
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Esses esteriotipos só tornam as pessoas mais vazias e sozinhas no meio da multidão.

diegoassis
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Me lembrei da fala de um personagem da finada série Uncoupled: Grindr só tem passivos e ativos que são passivos. 😅😅😅

VitorAndrade
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Eu acredito que nosso primeiro contato sexual define muito isso também, digo porque meu primeiro relacionamento foi com um homem ativo e namoramos por três anos, ele era o que dizem por aí 100% ativo e eu sempre respeitei muito isso nele. Até porque eu não tinha experiência nenhuma e tudo que aprendi foi com ele. Quando terminamos e eu fiquei a primeira vez com um versátil, fiquei nervoso e sem saber o que fazer ou como fazer, e me ver naquela posição ativa não me excitou. Fiquei um pouco frustrado e segui em frente sendo apenas passivo, mas posteriormente já tive relações sexuais com pessoas que me despertaram aquela vontade de ser versátil e já tive experiência versáteis boas depois disso, porém, eu me defino como passivo pois 99% das vezes que tive relações sexuais, sinto prazer assim. Talvez também por eu sentir atração por homens mais maduros, pode influenciar, pois a maioria dos homens que já tive relação diziam ser ativos, e eu sempre fiquei com homens muito mais velhos que eu, por questão de gosto mesmo. Maturidade me atraí, gosto de conversar e aprender com as pessoas. Nunca tive e não tenho atração por pessoas fúteis ou sem conteúdo, meus amigos me zoam e dizem que não tenho padrão, mas acredito que meu padrão sempre foi definido: pessoas maduras e inteligentes, intelecto me atraí e não aparência física ou esteriótipos. Até porque eu sou afeminado, e já fiquei com muitos ativos afeminados, acredito que o que precisa mudar na mente de gays é essa idealização de que ativos tem que ter uma postura "hétero", somos gays e temos que sentir atração por gays e não héteros.

gabrielbell
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"Sexo exige confiança e conexão". Sim, é exatamente isso, mas é MUITO difícil lutar contra a "idealização". (ao menos no meu caso): tive um relacionamento que durou pouco mais de 7 anos, e ele era o ativo. Tirando a questão do dote, estava beeem longe de ter um corpo "sarado", de bancar o "machão", enfim, dessas coisas todas. O problema é que ele EXISTIU e foi o homem mais inteligente, puro, generoso, com caráter que conheci em toda minha vida. Eu tinha 27 anos de idade (e ele 30) quando faleceu num acidente de carro. Claro que tive de fazer muitos tratamentos psicológicos para superar essa perda, mas... como posso explicar? Sei que meu falecido companheiro não mais está entre nós e nunca, nunca mesmo busquei procurá-lo em outra pessoa. As qualidades que ele tinha, porém, eu sempre busco em todos: retidão, caráter, afabilidade... e um amor muito verdadeiro, o qual não precisava justificar-se ou ser "testado". Era uma relação sólida, firme, repleta de bons princípios, e justamente por isso que eu tinha completa confiança e total conexão com ele: ser um rapaz de valor, de IMENSO valor mesmo. Quando ele faleceu (2009), ainda não havia aplicativos como o GRINDR e/ou tantos outros que automatizam as relações sexuais. Com certa dose de exagero, diria que vivi o dom de amor digno de um conto de fadas e, bem, é muito difícil acostumar-me apenas com sexo fortuito depois de viver uma relação tão plena e bonita. Hoje tenho 41 anos e considero cada vez mais complicado encontrar alguém, já que no mundo gay se vive "morte e vida severina", qual seja, aquela que mata de velhice antes dos 30. Meu único consolo é saber que conheci o amor: a imensa maioria nunca o experimentou. E isso eu carrego com muito orgulho. Enfim... adoraria não estabelecer pré-condições para ninguém, mas os requisitos que peço são bem mais difíceis que um corpo sarado ou coisa do gênero.

renatoalmeida
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Eu como homem gay negro sempre fui condicionado a ser ativo, na adolescência até por questão de aceitação achava que esse era o papel que me cabia no mundo gay ser o ativo másculo. Hj aos 40 anos sou versátil e não me permito mais ser hiper sensualidado por ninguém.
Em resumo não acho que esteja faltando ativos, passivos ou versáteis mas sim autocuidado e autoconhecimento. Quem se conecta consigo mesmo não sente falta de nada e acaba atraindo tudo que realmente precisa, criando assim relações prazerosas sejam elas momentâneas ou duradoura.
Adorei o canal, PARABÉNS 👏

leolima
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Isso muda muito pra comunidade gay preta, a gente vive outras pressões, outros estereótipos. Como a hipersexualização do corpo negro. todo mundo parte do pressuposto q somos ativos, dotados e temos q performar por horas.

juniormarcoslv
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Eu sinto mais falta do contato, do conhecer de verdade uma pessoa. Sinto que tá tudo tão imediatista... Você começa a conversar com uma pessoa, dai ela some e aparece meses depois na maior cara lavada.

Depois o povo reclama de solidão... Mas o problema é bem o que o rapaz do vídeo falou: a idealização.

guilhermedesouzaguimaraesd
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Cara que canal lúcido. Gostei bastante da sua perspectiva sobre o assunto. Os gays passam a vida toda andando com mulheres e acaba idealizando aquilo que geralmente elas tem. Um homem, macho e provedor.

CharlieFerreira-vstm
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Já vi vários passivos que não aceitam nem que você seja versátil. E não tô nem falando de versátil no sexo com ele, mas sim de um modo geral. Exigem o cara 100% ativo. Aí realmente a porcentagem cai mais ainda.

VictorLuizGoncalves
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Eu era power bottom até começar namorar. Tinha tesão pensando em ser ativo mas tinha justamente esses medos que comentasse no vídeo de não saber performar e insegurança e como meu meio de transa era pelo Grindr mesmo eu nunca tinha tentado. Meu namorado prefere ser ativo, mas é versátil tbm e com ele descobrir que gosto de ser ativo as vezes também e o que eu mais gosto é justamente dessa abertura de possibilidades de prazer tanto pra um quanto outro.

irianramos
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Eu sou versatil e amo encontrar um parceiro que topa os dois na hora H. Respeito bastante a preferencia dos caras, essa é a minha. Menos complicações e mais prazer ❤

brenosun
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Eu prefiro ser atv, mas é tão difícil achar um passivo que seja de boa, parece que eles criam uma expectativa baseada em filme p0rn* mas na vida real não existe aquilo.

targaryen
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Eu sendo versatil, tenho aquela preferência em ser ativo, mas o problema da maioria dos gays passivos é idealizar uma performance no sexo, como se realmente fosse um filme pornô e isso é muito preocupante, acaba deixando os ativos mais nervosos pra cumprir tais requisitos em vez de ser algo leve e recíproco.
Já tive várias experiências em que depende muito da pessoa essa questão sexual. Uns eu adorava ser ativo, outros gostava de ser passivo e é melhor ainda quando encontramos alguém versátil.
Toda essa idealização e performance de masculinidade só atrapalha as pessoas de se relacionarem.

feliperibeiro
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Faltando não está, acho que o grande problema são as expectativas e as exigências a serem cumpridas. Se você não gabaritar todos os pré requisitos está descartado

JosiasMessiah
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Sou versátil e anos atrás namorei um cara mais velho que eu, "interpretado" como mais masculino e, muito provavelmente, ativo para quem estava de fora da relação. Com a intimidade crescendo, foi preciso negociar papeis e passamos a ser um casal versátil e muito satisfeito. Tempos depois ele me disse algo que não esqueço: "Acho que me fizeram acreditar que eu só podia ser ativo. Antes de você, isso era confortável, pois nunca me desejaram da maneira que você me deseja, ". Viu? ele toparia, mas era preciso ter interessados sem um perfil ideal de como-deve-ser-um-passivo. Tenho percebido, na minha experiência pessoal, que a maioria dos gays aceita o figurino que dizem caber melhor. A gente as vezes cumpre a expectativa social, pra não dizer a expectativa altíssima da nossa comunidade. Se ninguém te enxerga como alguém "para algo", você descarta essa possibilidade, acredita que não é pra você, mas a potência tá lá. A gente podia ser tanta coisa, sabe.

hudnralf
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Toda yag do grind tinha que ver esse vídeo já ia ajudar muito, a cabeça das yag tá exatamente assim

fernandocardoso
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Vc se expressa de um jeito tão coherente, tão sabio, te ouvir é um prazer! Parabens!

carloscaldera
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A geração grindr idealiza um ativo hétero cis padrão, na sua maioria. Só com a maturidade acredito que possam evoluir para se conectar com outro homem de verdade independente do sonho ou do príncipe encantado. Seja como for, o que importa é ter consciência das escolhas.

professorleandrovell
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Excelente o vídeo! Eu como versátil nao dotado e que curte conexão sou da galera não desejada. A sociedade é doentia, porque o nosso comportamento naturalizado nos apps é terrível. Independente da posição, pra mim o lance principal é a desconstrução na prática que vai mudar essa sensação de vazio sem fim

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