Arqueologia no DOI-Codi: rompendo o silêncio

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"Arqueologia no DOI-Codi: rompendo o silêncio" é uma produção jornalística audiovisual da Secretaria Executiva de Comunicação (SEC) da Unicamp. O filme retrata o trabalho de escavações arqueológicas realizadas em uma sede do extinto Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), local onde, estima-se, mais de 7 mil sequestrados políticos experimentaram tempos de tortura e horror. O complexo de cinco prédios, tombado em 2014 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) do Estado de São Paulo, funcionou de 1969 a 1983 como órgão de repressão da ditadura militar.

Na elaboração do documentário, as equipes da SEC colheram depoimentos dos sequestrados políticos e acompanharam as visitas guiadas e escavações conduzidas por pesquisadores da Unicamp, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) entre os dias 2 e 14 de agosto do ano passado, no prédio do DOI-Codi situado na Rua Tutóia, 921, bairro da Vila Mariana, zona sul de São Paulo.

O vídeo exibe, em 53 minutos e 11 segundos de duração, o trabalho de busca dos pesquisadores por vestígios materiais e indícios da passagem das vítimas da repressão pelo local, como inscrições nas paredes, objetos pessoais e registros em papel, fundamentais para manter viva a memória sobre as atrocidades do regime militar.

Arte de capa - Alex Calixto e Paulo Cavalheri

#unicamp #ditaduramilitar #documentário
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Комментарии
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Aos companheiros sobreviventes dos sequestros, prisões e torturas, toda nossa empatia, respeito e solidariedade por toda violência e consequências no decorrer da história de vida. Aos familiares das vítimas todo nosso respeito. Ditadura nunca mais. Que os militares sejam responsabilizados pela lei, pelos crimes praticados contra nossos irmãos brasileiros.

DeboraCristinaVargasBuen-nvrn
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Morei na Rua Tutoia 1023, um dos sobrados que ficam ao lado dessa delegacia. Meu avô comprou essa casa em 1947, e eu e minha família fomos morar lá em 1959. Onde fica a delegacia era um grande terreno baldio, que começava na Tutoia, dava a volta por trás dos sobrados e terminava na Rua Tomaz Carvalhal. Em junho, o terreno era limpo, e a igreja de Santa Filomena (atual Santíssimo Sacramento), montava barraquinhas e fazia festa junina, como em uma cidade de interior. Quando começaram a construir o prédio que virou o DOI-CODI, falaram que iria ser um cinema. Ficamos animadíssimos com a notícia. No entanto, virou uma filial do inferno, com camburões entrando e saindo, gente esquisitíssima frequentando o bairro. Foi quando começamos a ouvir os gritos, principalmente à noite. Ninguém dormia. Ficávamos acordados, desesperados, sem saber o que fazer. As pessoas más começaram a levantar muros e construir vigílias. Havia uma praticamente dentro do quintal do primeiro sobrado. O medo tomou conta do bairro. Quando explodiram a bomba no QG do 2º Batalhão do Exército, os vidros de casa tremeram. Recebemos cartas anônimas dizendo que iriam jogar bombas na delegacia. Construíram barricadas com sacos de areia e arame farpado que impediam o trânsito na Tutoia. Entrávamos em casa mostrando documento para os soldados. Em 1972 entrei na USP, em Geologia. Alexandre Vanucci era contemporâneo nosso. Um dia, em 1973, levaram ele. E ele foi para o maldito DOI-CODI e de lá só saiu morto. "Página infeliz da nossa história".

denizekistemannchiodi
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Documentário maravilhoso. Para não esquecer os horrores da ditadura.

fatinha.msouza
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Obrigado aos que lutaram. Obrigado aos que não nos deixarão esquecer.

robertojunqueira
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"Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la" Edmund Burke

paulorobertocamargos
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Quando era criança levaram nosso professor mais querido... A família espera até hoje por um osso.

GuilhermeOliveira-scnk
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Parabéns pela coragem e generosidade aos sobreviventes desses crimes brutais que compartilharam conosco tantas informações importantes sobre esse período da Ditadura militar!

andressag
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Coisa mais triste meu Deus. Malditos os culpados por toda essa tragédia. Malditos os que ainda hoje aplaudem essa crueldade

mariadagracavieira
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Tenho arrepios de passar na Tutóia… estive lá à procura de meu irmão, algumas vezes… era sequestrado e ficávamos vários dias sem
Nenhuma notícia … em uma das vezes, quase fui presa, dada minha insistência por informações..

veradobbeck
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Tortura Nunca Mais! Que a Ciência aqui representada pela Arqueologia e História, e a Arte, representada pelo Documentário, nos auxiliem enquanto Povo a Entender nossa triste história e a eticamente Defender com toda diligência nossa sempre ameaçada Democracia! Que a morte dos nossos compatriotas na Ditadura seja sempre lembrada, para que outras não voltem a acontecer no Futuro. 😢

alexsandronascimento
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A verdade é tão clara como a vida ! Viva a democracia!!!

BitRevolt
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Excelente documentário! Unicamp a frente 🎉 🫡👏

sauloribeiroguitar
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Documentação histórica fundamental. Parabéns pelo trabalho!

sabrinaescorcio
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Compañeros/as... excelente trabajo, material, compromiso y video!!! me encanto... saludos desde Colectivo de Arqueología, Memoria e Identidad de Tucumán (CAMIT).

sidarta
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Parabéns aos profissionais e estudiosos pelo desafio de resgatar verdades caladas. Respeito as vítimas sobreviventes. Parabéns pelo trabalho primoroso.

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Impressionante a necessidade de manter essa memória cada dia mais viva, a Democracia precisa ser renovada todo dia.

uclix
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Que essencial é falar desse assunto horrendo, mas que infelizmente nunca poderá ser esquecido!

sirlenesilva
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História esquecida corre o risco de ser repetida! Parabéns pelos registros, obrigada!

silvanapires
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Muito bom, é preciso trazer essas memórias para as gerações mais novas como a minha. Parabéns, trabalho incrível!!

paoladeoliveirapinto
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👏👏👏
Fiquei emocionada assistindo esse documentário

dutafranco
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