Ovodoação: como contar ao meu filho?

Viver em segredo pode ser devastador!

Essa pergunta é recorrente por aqui:
“Como vou contar para o meu filho como ele foi concebido?”
“Devo ou não devo contar que não foi com o meu óvulo e/ou com o sêmen do meu companheiro? E se contar, como fazer isso?”

Definitivamente, não há um texto pronto. Tampouco, uma fórmula mágica.

Nesses meus anos de estrada, aprendi que não tem nada mais libertador e que nos dá leveza para viver a vida, do que ser verdadeiro.

Ser verdadeiro, não necessariamente é contar a história nua e crua, já que para muitos ficará um nó na garganta e um aperto no peito só em pensar em revelar que não foi da forma natural, mas significa, antes de tudo, não mentir e saber falar de seus sentimentos.

Todas nossas ações são motivadas por experiências prévias e aprendizados que tivemos na vida. Por isso, cada um reage de uma forma a um mesmo desafio.
Qual foi a forma de eu, Ângela, dizer a verdade aos meus filhos? Eu não aguentaria viver esse segredo com eles.

A maioria das pessoas, quando se amam, querem concretizar esse amor e essa união através da chegada de um filho. Um filho é o desejo mais profundo de qualquer ser humano, até mesmo de quem não encontrou um grande amor!
Mas, às vezes, apesar desse desejo tão grande, o nosso corpo pode não conseguir responder aos nosso as anseios. E foi nesse momento, em que o papai e a mamae não conseguiam sozinhos, que foram procurar ajuda para trazer vocês até nós! Nós os desejávamos tanto, que passamos por cima de muitos empecilhos e fomos buscá-los!”

E eu posso lhes afirmar que toda vez que eu conto essa “história” (a história deles), eles abrem um grande sorriso e me abraçam. E apesar de não verbalizarem, eu posso ler nos seus olhos, eles dizendo:

“Obrigado por não desistir e por lutar por nós!”

[petracastiglionimpuget]

❤que lindo doutora. Obrigada pelos vídeos. A informação liberta ❤.

[flordelicada]

Fico pensando na cabeça dessa criança qdo ela tiver compreensão, que vai ficar pensando que tem uma mãe biológica em algum lugar, e que pode ter outros irmãos e irmãs, tios e tias, avós, primos e primas. Inevitável não pensar nisso.