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LAURINDA SANTOS LOBO | #MulherDeFibra

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Foi uma mecenas das artes. Herdeira, Laurinda sua fortuna para incentivar a criação intelectual e artística das maiores mentes de seu tempo. Laurinda nasceu em uma família poderosa e rica, no ano de 1878. Órfã de pai, foi criada pelo tio; vivia entre o Rio de Janeiro e Paris. Em 1911, a herdeira abriu seu famoso salão no palacete Murtinho. O local virou ponto de encontro dos artistas fundadores do Modernismo brasileiro, e era frequentado por Tarsila do Amaral e Isadora Duncan (ambas #mulheresdefibra), os presidentes Nilo Peçanha e Epitácio Pessoa e o maestro Heitor Villa-Lobos. Villa-Lobos era um dos principais protegidos pelo mecenato de Laurinda, tendo sido ela uma das principais incentivadoras da sua projeção internacional, financiando suas idas à Paris. Laurinda também apoiava o movimento feminista, e chegou a presidir a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, fundada por Bertha Luz (outra #mulherdefibra). Em 1946, Laurinda Santos Lobo faleceu. A socialite não tinha filhos e seus outros parentes não se deram ao trabalho de cuidar do palacete em Santa Teresa. O lugar passou a ser vandalizado e saqueado. A casa ficou aos pedaços, ocupada por moradores de rua e traficantes de drogas. Só quase 50 anos depois, em 1993, o Governo do Estado do Rio de Janeiro tombou o que sobrava da propriedade; em 1997, foi inaugurado o Parque das Ruínas no local. A casa do atual Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo nunca foi a residência da mecenas, mas o espaço foi inaugurado em sua homenagem na época que o palacete Murtinho estava abandonado. Hoje, tanto o centro que leva seu nome, como o Parque das Ruínas, são espaços de atividades culturais, honrando a memória de Laurinda Santos Lobo.
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