A Semente do Fruto Sagrado - Crítica e Análise do Filme

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Nesse vídeo, falo sobre A Semente do Fruto Sagrado, novo filme do diretor Mohammad Rasoulof, indicado a Melhor Filme Internacional no Oscar 2025.

Referências:

The Guardian - Peter Bradshaw

Roger Ebert - Godfrey Cheshire

00:00 - Introdução
03:27 - Ficção estilizada
06:35 - Realidade crua
09:47 - Vulnerabilidade inicial
12:39 - O desfecho exagerado
15:20 - Maze Runner e a vitória do idealismo

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[gustavogirotto]

O que achou de A Semente Sacrificial do Fruto Cervical Sagrado? Comenta aqui! 😆

[ruanseroa]

A maior questão pra mim sobre o fim, é o desenvolvimento. O filme tem quase 3h de duração e de forma repentina ele quer fazer a gente entender que o pai é um vilão, mesmo tendo humanizado a figura do pai constantemente. Soa como motivações rasas, e um desfecho descabido. Mas vendo seu ponto de vista, me fez empatizar um pouco mais com a escolha do diretor. Porém ainda não sinto que foi uma boa escolha.

[priscillastephanie]

Queria que tivesse ganhado um prêmio importante pra ter mais visibilidade

[rosanarodrigues]

Eu AMEI! Saí da sala de cinema angustiada, com vontade de gritar e, por incrível que pareça, feliz de ter nascido no Brasil

[lualexr]

Gustavo você é impecável!!!! amo muito assistir todas as suas críticas, é a primeira coisa que faço quando termino um filme. Achei incrível como eles conseguiram paralelizar o conflito externo e interno ao mesmo tempo, mesmo que as vezes exagerado em alguns momentos. Me senti sufocada com tanto foco de caos sendo apresentado e acho que essa foi a intenção mesmo!

[jamilbap]

Uma surpresa bem agradável assistir Semente do fruto sagrado. Considero o filme muito bom.

[agraciotti]

Acabei de assistir e saí bem impactado. Concordo muito com a sua visão sobre a virada final. O começo é cheio de nuances morais (o pai fica perturbado de condenar alguem sem ler processos; a mãe que se sente na obrigação de reforçar o patriarcado no trato com as filhas, mas longe delas ela tb se sensibiliza com a busca pela amiga; etc), mas gosto muito, mas MUITO mesmo como, no fim, ele abandona esse realismo e o "cinza" dessa moralidade para transformar tudo no preto e branco da ficção cinematográfica. É muito mágico como o filme vai ganhando gêneros — road movie, thriller de paranóia, perseguição...até se tornar um slasher, com o máximo do simplismo moral: personagens lutando para sobreviver fugindo de um monstro. Eu gosto disso principalmente pq vivemos numa época em que o público parece adorar contos de moralidade cinza, em que tudo é relativizado. Mas, dia após dia, a gente vai tendo o baque da realidade de que o "mal" tem sim um lado e uma cara. Esse final me pegou muito pq acabou somando com as imagens bizarras que tivemos essa semana na mídia, que ditaram que um futuro sombrio vem ai...e cujos valores, temo eu, parecem q nao difere em nada da realidade do Irã. Sinto que estamos iniciando uma era de mal estar generalizado como nossa geração nunca viu antes. E esse filme canalizou muito esse meu sentimento e pessimismo.
Deixo aqui uma parabenização pra vc, Gustavo. Tenho acompanhado seus comentários com muito entusiasmo. Já te considero um dos melhores "críticos de internet" (no melhor sentido da palavra). Conto nos dedos os que eu acho q ainda sabem desenvolver um argumento de crítica, e não só de comentarios superficiais.
um abraço.

[Leo]

O final desse filme foi uma das maiores porcarias que eu já vi, o filme estava bem desenvolvendo os personagens de forma boa, aí sem motivo algum as filhas e mulher tomam a arma e começam a agir de forma completamente irracional e o pai o grande vilão da trama nada a ver com o que o que o filme estava abordando.

[olgaze]

Pra miim, a semente do fruto sagrado é a busca da liberdade, pelo que as duas filhas estão lutando. gostei muito.

[patriciadias]

Gostei bastante do filme, algumas cenas achei muito lentas, extensas, mas um filmaço. Concordo sobre o final, pode ser ingênuo mas, acredito que precisamos de um respiro porque a "coisa tá pegando", e o cinema é pra isso também. Sobre a saga do diretor, me peguei perguntando se os atores e as atrizes não sofreram algum tipo de perseguição depois do filme rodar os festivais, já que o diretor conseguiu fugir.

[tarcisioalmeida]

Irã já ganhou o Oscar com o filme A Separação!

[Anna-pvtv]

Gustavo, no Ainda estou aqui, o soldado que disse que não concordava com a situação foi sincero e na realidade vários envolvidos sofreram e se decepcionaram com as forças armadas. Esse lado do comportamento humano é mais complexo do que a rápida menção no filme. E não apenas na ditadura no Brasil. (meu pai foi preso durante a ditadura)Acho interessante o filme mencionar isso, embora bem rapidamente, sem aprofundar. ( intenção do diretor era outra) É um fato complexo, difícil de julgar. Ainda não assisti a semente do fruto... mas pretendo fazê-lo no fim de semana. Escutando seu comentário me veio à mente um filme que surpreendentemente assisti na netflix. Chama-se Holy Spider, um dos melhores e mais contundentes filmes iranianos que cheguei a ver (gosto muito do cinema iraniano). Não consigo apontar nenhuma falha nessa obra. Se não viu, recomendo a vc e a todos que lerem esta msg. É muito forte.

[priscilaaraujo]

Gostei, mas não do final, pq o jeito de solucionar o conflito, para mim, é um exemplo de deus ex-machina.
Achei bem interessante até a questão da arma surgir. É perceptível como a abordagem muda de forma abrupta. Pq a primeira parte do filme foca mais na mãe e nas filhas lidando com as questões políticas e familiares, enquanto o personagem do pai fica em segundo plano (o provedor que é um burocrata do regime). Daí quando começa o problema decorrente do sumiço da arma, o comportamento violento do pai como vilão e a dinâmica familiar ficam bem diversos do que era retratado até então, parecem até inverossímeis. (Pq elas iriam procurar justamente pelo tio que tb trabalhava para o regime??). Para mim, nessa parte nada fez sentido e a visão otimista tb - pq hj em dia já está mais claro que os protestos do nosso século têm sido pouco eficientes para gerar mudanças concretas (ex.: Primavera Árabe).

[VictorSilvax]

Por mais que eu entenda a escolha do final, não dá pra achar ok o filme do nada virar um novelão, eu fiz foi rir quando o tom começou a mudar

[rocandel]

Voltei, Gustavo! Não entendi o título em Português que deixaste nos comentários. Fiz uma pesquisa e descobri que o "fig", que consta no título, é, na verdade, uma espécie de planta que parasita e controla a planta hospedeira. Agora, fez muito sentido para mim porque o filme é um longa de resistência, que ilustra a vida do próprio diretor. Esse filme é um forte concorrente ao nosso filme do Walter Salles. Ele foi premiado como melhor filme e melhor diretor em outros festivais. Então, vamos aguardar... Abraço, Rô Candeloro, de Porto Alegre

[ninalaner]

eu amei o filme, e tb o desfecho... talvez esse desfecho possa ter, de alguma forma, uma "conversa" (na minha humilde e leiga opinião) com a literatura de horror latino-americana feita por mulheres... a realidade é tão horrível e terrível para as mulheres em certos contextos que algo assim meio "inverossímil" pra conversar sobre o terrível do real

[ademirpereirajorge]

Confesso que não entendi a motivação da situação final.
Só faria sentido como alegoria para os acontecimentos no país.

[Armando]

parabéns Gustavo - a "morte do pai" a imprescindível e simbólica "morte do pai" e tudo o que representa - o filme é de um simbolismo refinado de superação e de promessa de liberdade

[zefaustino]

Comentário aleatório nada sobre o filme! Sempre fico de olho no pôster q o Gustavo usa, geralmente são uns bem bonitos q não são os oficiais e tb reparo na animação sobre o filme q ele põe na estante

[diegobsantana]

Esse Passou batido, mas parece ser muito bom.