Não Me Chame De Burro Só Por Que Eu Não Sei Ler

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Olá, este é o Bruno e ele não sabe ler. Ele não é cego, burro... nada assim. Ele é disléxico. De forma geral, isso significa que ele não tem capacidade física de ler ou escrever. Melhor dizendo, ele até consegue fazer isso, mas 100 vezes mais devagar que as outras pessoas. Mas não fique com pena dele! O Bruno é feliz assim. Vamos ver o que aconteceu com esse garoto.

Os pais do Bruno sempre lhe disseram que ele precisava ser o melhor da escola se quisesse se dar bem na vida. Os dois são muito bem-sucedidos: o pai dele é advogado e a mãe é física, então o futuro dele já tinha sido traçado desde o nascimento. E, de fato, o Bruno lembra que na infância ele já fazia muitas atividades de desenvolvimento precoce – matemática, ciência para crianças… coisas desse tipo. A única coisa que deixava os pais dele confusos é que ele não conseguia ler.

Quando ele começou a ir para a escola, notou que era mais devagar que os demais colegas. Aquilo era estranho – ele nunca tinha parecido ser burro antes; o raciocínio dele era rápido, e ele conseguia entender qualquer coisa que lhe era explicada. Mas quando era hora de ler ou de trabalhar com algum texto, o Bruno parecia ser um verdadeiro retardado. Escrever era pior ainda.

Bruno se lembra da minha primeira prova com nota. Ele sabia que era muito importante levar uma nota boa para seus pais, para mostrar pra eles que ele não era burro. Ele deu o melhor dele, mas, infelizmente, conseguiu responder apenas 3 das 12 perguntas a tempo. Ele não entendeu o motivo, já que as perguntas eram fáceis, e ele sabia as respostas, mas ele demorou muito para entender o que estava escrito e para escrever as respostas. O Bruno se esforçou pra caramba. A última coisa que ele conseguiu fazer foi escrever o nome dele, Bruno Rezende, nela. Quando a professora olhou as provas, ela pediu para ele se levantar e ler o nome que tinha escrito na prova. “Bruno Rezende”, ele disse. Ela insistiu, pedindo que lesse o que estava escrito no papel. Com muito esforço, ele leu o que estava escrito lá. Era “Burro Rezende”. Todo mundo riu dele e ele ficou morrendo de vergonha.

Isso foi muito triste, e tudo o que ele conseguiu foi ser zoado por todo mundo o resto do dia e uma nota 2. O Bruno resolveu não sofrer sozinho e conversou com seus pais. Eles quase tiveram um ataque quando ele disse que tinha praticamente tirado 0 na prova, mas quando ele contou que tinha embaralhado as letras, eles resolveram levá-lo a uma oftalmologista. O médico examinou os olhos do Bruno e confirmou que eles estavam perfeitos, mas os aconselhou a procurar outro médico, um especialista em problemas de aprendizado. Este médico era um cara muito legal, que ouviu o Bruno com atenção e pediu para que lhe mostrasse o modo como ele escrevia. O Bruno se esforçou muito, mas não conseguiu, talvez por estar muito nervoso. Aí, ele disse que conseguia desenhar. Ele adorava desenhar, e achava que essa era a única coisa na qual ele era bom.

O médico disse aos pais do Bruno que ele era talentoso, e eles ficaram muito impressionados quando viram isso. Depois, ele disse que o Bruno tinha dislexia, uma doença crônica que pode ser melhorada, mas não curada, e que ele precisava encontrar uma forma de se adaptar aos estudos. Ele aconselhou a prolongar o tempo de prova e a usar mais materiais audiovisuais, mas depois de algum tempo na escola, o Bruno percebeu estava ficando pra trás e que todo mundo estava zoando dele por isso. Era difícil se concentrar nas matérias, e as notas dele foram caindo cada vez mais. Aí, os pais do Bruno o matricularam em outra escola, que era especializada em ensino criativo individualizado.
Foi assim que o Bruno descobriu que, na verdade, ele era muito inteligente! Ele tinha um monitor que adaptava todo o material, para que ele pudesse compreender visualmente. Ele teve lições criativas, onde tinha que desenhar alguns processos ou regras, ao invés de descrevê-las em palavras; recebeu áudio-livros ao invés de livros comuns. E também começou a ter aulas de arte, onde se tornou o melhor aluno, pela primeira vez!

O Bruno ainda está longe de terminar os estudos – ele está na pré-adolescência. Mas ele já sabe o que quer para o futuro – ele quer ser um artista, pois desenhar é a coisa que ele mais gosta de fazer na vida. Ele sente muito por não ter conseguido realizar os sonhos dos seus pais, que esperavam que ele se tornasse um aluno top, mas a dislexia decidiu por ele, e os pais dele aceitaram. Mas se não fosse a dislexia, ele provavelmente teria que estudar todas aquelas coisas de que ele não gosta, e teria que lutar muito contra a vontade de seus pais para fazer o que gosta, que é desenhar. Hoje, ele pode dizer que é feliz. Então, deixe aquelas letras voarem – a vida do Bruno está bem melhor sem elas.
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Комментарии
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Sds quando esse canal tinha histórias reais e não alopragens do cacete, não falando que essa é alopragen mas tem umas que vc sabe direto que são falsas

hetero
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Eu não sei ler eu não sei ler
Tyrone Carteiro

GA_OFICIAL
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Eu sou a laryssa i eu não sei ler mais pq eu não sei ler??? 😭😭😭

laryssacamiyyl
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eu sou ao contrario sou mt bom em ler e nao sei desenhar

Lzinn_do_
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eu não sei ler i sou muito bom em dezenhos ingual a sua história

gabrielnunescaetanob
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