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Paz e Bem #644 - Senhor, livra-me de mim - uma prece de Alberto Caeiro - 29.ago.20
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O Paz e Bem deste sábado (29) é um poema de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa: “Prece”. Pessoa é o maior poeta português do século 20 e um dos maiores de todo o planeta. A escolha para este Paz e Bem é resultado da co-laboração de Sumaya Fuad e Faustino Teixeira. Ela selecionou este poema na seção “Orações Inter-Religiosas Ilustradas” do site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU). A seção é mantida por Faustino, protagonista do Paz e Bem, teólogo, professor e pesquisador em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). Sumaya é professora e igualmente protagonista do Paz e Bem.
Prece
Senhor, que és o céu e a terra, que és a vida e a morte! O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu! Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também. Onde nada está tu habitas e onde tudo está - (o teu templo) - eis o teu corpo.
Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome.
Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai.
[...]
Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja digno da terra, tua cama. Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho que volta ao lar.
Torna-me grande como o Sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te.
Senhor, protege-me e ampara-me. Dá-me que eu me sinta teu. Senhor, livra-me de mim.
Fonte: Fernando Pessoa. Páginas íntimas e de auto-interpretação. Lisboa: Ática, 1966, p. 61.
Alberto Caeiro (Heterônimo de Fernando Pessoa): Personagem ficcional de Fernando Pessoa ligado à natureza, que desconsiderava o pensamento filosófico. Um poeta "simples", que considerava a "sensação como única realidade", sempre em busca de um "objetivismo absoluto".
Fernando Antônio Nogueira Pessoa (1988 - 1935): Escritor, astrólogo, crítico literário, filósofo e comentarista político português. O mais famoso poeta português teve seu trabalho marcado pela criação de heterônimos, que eram personalidades poéticas completas, "com identidades que, em princípio falsas, se tornam verdadeiras através da sua manifestação artística própria e diversa do autor original".
É autor de muitos livros e poemas, entre eles, O Guardador de Rebanhos (1925), Mensagem (1934), Poemas de Alberto Caeiro (1946), Poemas Dramáticos (1952), O EU profundo e os outros eus (1974) e Livro do Desassossego (1984).
* * *
* * *
ACOMPANHE A PROGRAMAÇÃO SEMANAL DO PAZ E BEM
6h - Programa Paz e Bem
Segunda – Eduardo Brasileiro
Terça - Monja Heishin
Quarta - Carla Pavão
Quinta - Iyá Adriana de Nanã
Sexta - Mauro Lopes
Sábado - Sumaya Fuad
Domingo - Reverendo Eduardo Henrique
Cursos e outros programas
6h30 - Quarta – Caminhos do Espiritismo
10h30 todos os dias – Boas Palavras para um bom dia (Dora Incontri)
17h
Segunda – Pedro Lima Vasconcelos
Quarta – Faustino Teixeira
Quinta – Dora Incontri e Maurício Zanolini
Sexta – Fernanda Carlos Borges
19h
Quarta – Marcelo Barros - Teologias da Libertação para nossos dias
Domingo – Faustino Teixeira declama poesias
21h
Ofício Noturno de Completas (segunda a sábado) - Rev. Eduardo Henrique
Prece
Senhor, que és o céu e a terra, que és a vida e a morte! O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu! Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também. Onde nada está tu habitas e onde tudo está - (o teu templo) - eis o teu corpo.
Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome.
Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai.
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Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja digno da terra, tua cama. Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho que volta ao lar.
Torna-me grande como o Sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te.
Senhor, protege-me e ampara-me. Dá-me que eu me sinta teu. Senhor, livra-me de mim.
Fonte: Fernando Pessoa. Páginas íntimas e de auto-interpretação. Lisboa: Ática, 1966, p. 61.
Alberto Caeiro (Heterônimo de Fernando Pessoa): Personagem ficcional de Fernando Pessoa ligado à natureza, que desconsiderava o pensamento filosófico. Um poeta "simples", que considerava a "sensação como única realidade", sempre em busca de um "objetivismo absoluto".
Fernando Antônio Nogueira Pessoa (1988 - 1935): Escritor, astrólogo, crítico literário, filósofo e comentarista político português. O mais famoso poeta português teve seu trabalho marcado pela criação de heterônimos, que eram personalidades poéticas completas, "com identidades que, em princípio falsas, se tornam verdadeiras através da sua manifestação artística própria e diversa do autor original".
É autor de muitos livros e poemas, entre eles, O Guardador de Rebanhos (1925), Mensagem (1934), Poemas de Alberto Caeiro (1946), Poemas Dramáticos (1952), O EU profundo e os outros eus (1974) e Livro do Desassossego (1984).
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6h - Programa Paz e Bem
Segunda – Eduardo Brasileiro
Terça - Monja Heishin
Quarta - Carla Pavão
Quinta - Iyá Adriana de Nanã
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Domingo - Reverendo Eduardo Henrique
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6h30 - Quarta – Caminhos do Espiritismo
10h30 todos os dias – Boas Palavras para um bom dia (Dora Incontri)
17h
Segunda – Pedro Lima Vasconcelos
Quarta – Faustino Teixeira
Quinta – Dora Incontri e Maurício Zanolini
Sexta – Fernanda Carlos Borges
19h
Quarta – Marcelo Barros - Teologias da Libertação para nossos dias
Domingo – Faustino Teixeira declama poesias
21h
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