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Realidade como espírito para Hegel - Isto não é Filosofia
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Qual é a teoria de Hegel? O que seria o espírito objetivo é o espírito subjetivo para Hegel? O que Hegel entende por espírito? Qual a relação entre história e espírito de acordo com o pensamento de Hegel?
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🦉 FUNDADORES DO CANAL:
- Vitor Lima, licenciado em Filosofia (UFRRJ)
- Evelyn Lima, licenciada e mestre em Filosofia (UFRRJ)
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Um ponto de vista fundamental do pensamento hegeliano é o de entender a realidade não como objeto, mas como sujeito . Em outras palavras, não como substância (fixa e imutável), mas como espírito - em automovimento, em atividade, em processo.
A palavra espírito (Geist), em alemão, tem duas diferentes acepções .
Em primeiro lugar, pode ser usada para designar “mente”, quando utilizamos a palavra em oposição a “corpo”. Por exemplo, “doença mental” é escrita em alemão como Geisteskrankheit.
Em segundo lugar, pode querer dizer “espírito” em vários sentidos. Dois deles são os seguintes. Considere a expressão Zeitgeist. Ela designa o “espírito do tempo”, ou “espírito da época”, isto é, o clima intelectual de uma região ou coletividade, seja local, seja histórica. Em outras palavras, aponta para as características constitutivas de um determinado período. Outro uso para a palavra é referir-se a um dos elementos da Santa Trindade Cristã: pai, filho e espírito santo (Heilige Geist).
Quando Hegel utiliza a palavra Geist, ora quer dizer “mente”, ora quer dizer “espírito”, ora quer dizer os dois ao mesmo tempo.
A realidade, para Hegel, também é dinamicamente autogerada, inteligente e se constitui enquanto totalidade do que há. Sendo um princípio inteligente, é encarada como sujeito, não como objeto . Talvez agora a opção pela palavra “espírito” não esteja mais tão estranha. Didaticamente: a realidade é uma mente que se desenvolve em busca de se autoconhecer.
Outra característica da realidade hegeliana é que é infinita. Isso quer dizer que gera a si mesma enquanto finita e, ao mesmo tempo, supera-se constantemente. A cada geração finita de si, manifesta-se no tempo. Porém, quando considerada em sua infinitude, a realidade é chamada de absoluto .
A realidade, portanto, é uma mente em processo que se autocria e se autodesenvolve, em busca de se autoconhecer, enquanto percorre seus momentos finitos sucessivos no tempo, em direção ao infinito, isto é, ao absoluto.
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00:00 Introdução
00:18 Zeitgeist
00:41 Realidade como substância
01:30 Realidade como sujeito
02:00 Espírito
02:22 Metáfora da vida da plana
03:12 Processo triádico do Espírito
03:29 Filosofia hegeliana
04:03 Substânca vs. Espírito
05:48 Tudo que é real é racional, tudo o que é racional é real
02:19 Aufhebung e Aufheben (elemento especulativo)
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BIBLIOGRAFIA:
BORNHEIM, Gerd A. (org.). Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Editora Cultrix, s/d.
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Fenomenologia do Espírito. Tradução de Paulo Meneses. Colaboração de Karl-Heinz Efken e José Nogueira Machado. 9º ed. Petrópolis, RJ: Vozes. Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2014.
JAPIASSÚ, Hilton, MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
KENNY, Anthony. Uma nova História da Filosofia Ocidental (vol. 3) – O despertar da Filosofia Moderna. 2ª ed. Tradução de Carlos Alberto Bárbaro. Revisão de Marcelo Perine. São Paulo: Edições Loyola, 2014.
REALE, Giovanni, ANTISERI, Dário. História da Filosofia (vol. 5) – do romantismo ao empiriocriticismo. Coleção História da Filosofia. Tradução de Ivo Storniolo. 1ª ed. [2005]. 3ª reimpressão [2018]. São Paulo: Paulus, 2018.
SINGER, Peter. Hegel – A Very Short Introduction. Oxford: Oxford University Press, 2001.
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Um ponto de vista fundamental do pensamento hegeliano é o de entender a realidade não como objeto, mas como sujeito . Em outras palavras, não como substância (fixa e imutável), mas como espírito - em automovimento, em atividade, em processo.
A palavra espírito (Geist), em alemão, tem duas diferentes acepções .
Em primeiro lugar, pode ser usada para designar “mente”, quando utilizamos a palavra em oposição a “corpo”. Por exemplo, “doença mental” é escrita em alemão como Geisteskrankheit.
Em segundo lugar, pode querer dizer “espírito” em vários sentidos. Dois deles são os seguintes. Considere a expressão Zeitgeist. Ela designa o “espírito do tempo”, ou “espírito da época”, isto é, o clima intelectual de uma região ou coletividade, seja local, seja histórica. Em outras palavras, aponta para as características constitutivas de um determinado período. Outro uso para a palavra é referir-se a um dos elementos da Santa Trindade Cristã: pai, filho e espírito santo (Heilige Geist).
Quando Hegel utiliza a palavra Geist, ora quer dizer “mente”, ora quer dizer “espírito”, ora quer dizer os dois ao mesmo tempo.
A realidade, para Hegel, também é dinamicamente autogerada, inteligente e se constitui enquanto totalidade do que há. Sendo um princípio inteligente, é encarada como sujeito, não como objeto . Talvez agora a opção pela palavra “espírito” não esteja mais tão estranha. Didaticamente: a realidade é uma mente que se desenvolve em busca de se autoconhecer.
Outra característica da realidade hegeliana é que é infinita. Isso quer dizer que gera a si mesma enquanto finita e, ao mesmo tempo, supera-se constantemente. A cada geração finita de si, manifesta-se no tempo. Porém, quando considerada em sua infinitude, a realidade é chamada de absoluto .
A realidade, portanto, é uma mente em processo que se autocria e se autodesenvolve, em busca de se autoconhecer, enquanto percorre seus momentos finitos sucessivos no tempo, em direção ao infinito, isto é, ao absoluto.
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00:00 Introdução
00:18 Zeitgeist
00:41 Realidade como substância
01:30 Realidade como sujeito
02:00 Espírito
02:22 Metáfora da vida da plana
03:12 Processo triádico do Espírito
03:29 Filosofia hegeliana
04:03 Substânca vs. Espírito
05:48 Tudo que é real é racional, tudo o que é racional é real
02:19 Aufhebung e Aufheben (elemento especulativo)
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BIBLIOGRAFIA:
BORNHEIM, Gerd A. (org.). Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Editora Cultrix, s/d.
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Fenomenologia do Espírito. Tradução de Paulo Meneses. Colaboração de Karl-Heinz Efken e José Nogueira Machado. 9º ed. Petrópolis, RJ: Vozes. Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2014.
JAPIASSÚ, Hilton, MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
KENNY, Anthony. Uma nova História da Filosofia Ocidental (vol. 3) – O despertar da Filosofia Moderna. 2ª ed. Tradução de Carlos Alberto Bárbaro. Revisão de Marcelo Perine. São Paulo: Edições Loyola, 2014.
REALE, Giovanni, ANTISERI, Dário. História da Filosofia (vol. 5) – do romantismo ao empiriocriticismo. Coleção História da Filosofia. Tradução de Ivo Storniolo. 1ª ed. [2005]. 3ª reimpressão [2018]. São Paulo: Paulus, 2018.
SINGER, Peter. Hegel – A Very Short Introduction. Oxford: Oxford University Press, 2001.
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