filmov
tv
956 Uso da escala ADI-R no reconhecimento do transtorno do espectro autista na Atenção Primária
Показать описание
Autores: Ana Letícia Souza da Silva¹, Matheus Nogueira Lucas¹, Leticia Marques Rocha¹, Ellen Dayane Dantas Rodrigues¹, Kelen Gomes Ribeiro¹
1. UFC - Universidade Federal do Ceará
Resumo
INTRODUÇÃO: A atenção primária à saúde constitui a principal porta de entrada ao SUS. Assim, evidencia-se a necessidade em atribuir ferramentas profissionalizantes para equipes de saúde, visando o reconhecimento das principais síndromes e doenças. No contexto da saúde mental, nota-se um crescimento dos transtornos globais de desenvolvimento, principalmente os envolvidos no transtorno do espectro autista (TEA), no qual é imprescindível a detecção precoce para melhorias clínicas significativas. Nessa perspectiva, a implementação da escala entrevista diagnóstica para autismo revisada (ADI-R) possibilita uma melhor triagem e encaminhamento para os serviços terciários de saúde. OBJETIVO: Mapear a utilização da escala ADI-R na Atenção Primária brasileira e entender os desafios e benefícios do seu uso. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura. As bases de dados utilizadas foram Google Scholar e SciELO, sendo pesquisados os descritores: “Diagnóstico de autismo” e “ADI-R”. Foram localizados 26 artigos no total, sendo critério de inclusão artigos escritos em português e critério de exclusão artigos não situados na realidade da atenção primária à saúde, resultando na escolha de 6 artigos. Os artigos selecionados abordavam a relação entre saúde mental e assistência primária, os métodos diagnósticos do espectro autista, a explicação da escala ADI-R e as dificuldades no diagnóstico do autismo. RESULTADOS: A aplicação do ADI-R tem o propósito de identificar atrasos, anormalidades na interação social e comportamentos restritos e repetitivos. A eficácia do método e da abordagem apropriada depende do diagnóstico precoce, sendo recomendada a aplicação em crianças de 3 a 10 anos. O ADI-R depende de três fatores: conhecimento profissional sobre os conceitos de DEA, perícia realizadora da entrevista e capacidade de aprender e decodificar comportamento. O reconhecimento tardio do transtorno favorece o fenômeno adverso da “Neuroplasticidade”, que dificulta a compreensão de comportamentos, além de atrapalhar a estimulação de neurônios importantes à adaptação infantil. No entanto, a atenção primária enfrenta desafios nesse diagnóstico, exemplificados pelo desconhecimento médico no rastreio de características do TEA e parental quanto aos comportamentos indicativos de autismo. Ademais, o preconceito contribui para que condições adversas ao desenvolvimento infantil sejam ignoradas, resultando em indivíduos apenas compreendendo suas próprias condições na idade adulta, impactando a integração social. CONCLUSÕES: A partir desse estudo, conclui-se que a implementação de instrumentos de diagnóstico do TEA, tais como a escala ADI-R, são imprescindíveis na atenção primária no diagnóstico precoce do autismo. Atenta-se, portanto, para a importância da capacitação de equipes multiprofissionais desses serviços de saúde quanto aos instrumentos de diagnóstico.
1. UFC - Universidade Federal do Ceará
Resumo
INTRODUÇÃO: A atenção primária à saúde constitui a principal porta de entrada ao SUS. Assim, evidencia-se a necessidade em atribuir ferramentas profissionalizantes para equipes de saúde, visando o reconhecimento das principais síndromes e doenças. No contexto da saúde mental, nota-se um crescimento dos transtornos globais de desenvolvimento, principalmente os envolvidos no transtorno do espectro autista (TEA), no qual é imprescindível a detecção precoce para melhorias clínicas significativas. Nessa perspectiva, a implementação da escala entrevista diagnóstica para autismo revisada (ADI-R) possibilita uma melhor triagem e encaminhamento para os serviços terciários de saúde. OBJETIVO: Mapear a utilização da escala ADI-R na Atenção Primária brasileira e entender os desafios e benefícios do seu uso. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura. As bases de dados utilizadas foram Google Scholar e SciELO, sendo pesquisados os descritores: “Diagnóstico de autismo” e “ADI-R”. Foram localizados 26 artigos no total, sendo critério de inclusão artigos escritos em português e critério de exclusão artigos não situados na realidade da atenção primária à saúde, resultando na escolha de 6 artigos. Os artigos selecionados abordavam a relação entre saúde mental e assistência primária, os métodos diagnósticos do espectro autista, a explicação da escala ADI-R e as dificuldades no diagnóstico do autismo. RESULTADOS: A aplicação do ADI-R tem o propósito de identificar atrasos, anormalidades na interação social e comportamentos restritos e repetitivos. A eficácia do método e da abordagem apropriada depende do diagnóstico precoce, sendo recomendada a aplicação em crianças de 3 a 10 anos. O ADI-R depende de três fatores: conhecimento profissional sobre os conceitos de DEA, perícia realizadora da entrevista e capacidade de aprender e decodificar comportamento. O reconhecimento tardio do transtorno favorece o fenômeno adverso da “Neuroplasticidade”, que dificulta a compreensão de comportamentos, além de atrapalhar a estimulação de neurônios importantes à adaptação infantil. No entanto, a atenção primária enfrenta desafios nesse diagnóstico, exemplificados pelo desconhecimento médico no rastreio de características do TEA e parental quanto aos comportamentos indicativos de autismo. Ademais, o preconceito contribui para que condições adversas ao desenvolvimento infantil sejam ignoradas, resultando em indivíduos apenas compreendendo suas próprias condições na idade adulta, impactando a integração social. CONCLUSÕES: A partir desse estudo, conclui-se que a implementação de instrumentos de diagnóstico do TEA, tais como a escala ADI-R, são imprescindíveis na atenção primária no diagnóstico precoce do autismo. Atenta-se, portanto, para a importância da capacitação de equipes multiprofissionais desses serviços de saúde quanto aos instrumentos de diagnóstico.