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Livro “As flores do mal”, Charles Baudelaire

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Escolhido de junho para o desafio de 12 livros para 2021. Esse é meu primeiro contato com o autor.
Publicado originalmente em 1857, foi recolhido com pouco tempo, acusado de atentado à moral e aos bons costumes. Isso aconteceu especialmente por conta de 6 poemas: As joias, O letes, À que é muito alegre, Lesbos, As réprobas e As metamorfoses do vampiro. É republicado em 1860, sem os poemas citados, além do autor e da editora pagarem multas.
As temáticas dos poemas giram em torno de temas comuns, como o amor, a vida, a morte, a decadência, o tédio… e insere ainda alguns elementos não tão ortodoxos como a decomposição da matéria e o lesbianismo. Embora recorra a elementos da mitologia, se vale também de elementos do catolicismo e usa inúmeras referências culturais, de pintores a outros escritores, dedicando alguns poemas a Victor Hugo.
Baudelaire é considerado, juntamente com Walt Whitman, o pai da poesia moderna, especialmente por inserir a temática do urbano, ao contrário do bucolismo do campo dos românticos, embora sua poesia possa ser considerada também um marco para o simbolismo. Enfim, é difícil enquadrar o autor dada a sua originalidade, embora a forma utilizada por ele na construção de seus poemas seja bastante clássica, ele se vale especialmente de alexandrinos e de sonetos, com métricas muito perfeitas. Apesar disso, a crítica diz que o poeta inova em sua linguagem, que é mais prosaica, o que também destaca elementos de modernidade. Devo advertir, contudo, que essa edição não é um bom exemplo de uma tradução que preze pelo prosaísmo da fala, ela se apega mais ao formalismo da construção métrica dos poemas, no que é bastante feliz.
O poeta foi, em vida, bastante boêmio, fazendo uso excessivo de absinto, ópio e haxixe, vindo a gastar boa parte da herança deixada pelo pai no desregramento de uma vida boêmia, sendo necessário uma intervenção da mãe e do padrasto. O poeta morre ainda com 46 anos de complicações decorrentes de uma sífilis, tendo publicado apenas esse livro de poesia, ao qual são inseridos outros poemas do autor ao longo do tempo, não sendo hoje, portanto, o mesmo original publicado em 1857.
Publicado originalmente em 1857, foi recolhido com pouco tempo, acusado de atentado à moral e aos bons costumes. Isso aconteceu especialmente por conta de 6 poemas: As joias, O letes, À que é muito alegre, Lesbos, As réprobas e As metamorfoses do vampiro. É republicado em 1860, sem os poemas citados, além do autor e da editora pagarem multas.
As temáticas dos poemas giram em torno de temas comuns, como o amor, a vida, a morte, a decadência, o tédio… e insere ainda alguns elementos não tão ortodoxos como a decomposição da matéria e o lesbianismo. Embora recorra a elementos da mitologia, se vale também de elementos do catolicismo e usa inúmeras referências culturais, de pintores a outros escritores, dedicando alguns poemas a Victor Hugo.
Baudelaire é considerado, juntamente com Walt Whitman, o pai da poesia moderna, especialmente por inserir a temática do urbano, ao contrário do bucolismo do campo dos românticos, embora sua poesia possa ser considerada também um marco para o simbolismo. Enfim, é difícil enquadrar o autor dada a sua originalidade, embora a forma utilizada por ele na construção de seus poemas seja bastante clássica, ele se vale especialmente de alexandrinos e de sonetos, com métricas muito perfeitas. Apesar disso, a crítica diz que o poeta inova em sua linguagem, que é mais prosaica, o que também destaca elementos de modernidade. Devo advertir, contudo, que essa edição não é um bom exemplo de uma tradução que preze pelo prosaísmo da fala, ela se apega mais ao formalismo da construção métrica dos poemas, no que é bastante feliz.
O poeta foi, em vida, bastante boêmio, fazendo uso excessivo de absinto, ópio e haxixe, vindo a gastar boa parte da herança deixada pelo pai no desregramento de uma vida boêmia, sendo necessário uma intervenção da mãe e do padrasto. O poeta morre ainda com 46 anos de complicações decorrentes de uma sífilis, tendo publicado apenas esse livro de poesia, ao qual são inseridos outros poemas do autor ao longo do tempo, não sendo hoje, portanto, o mesmo original publicado em 1857.