Introdução aos estudos literários 04 (1a parte): A literatura e o autor

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Iniciando uma nova parte do curso, dedicada às relações entre a literatura, o autor, o mundo e o leitor, começamos aqui com um exercício de análise crítica de uma obra literária. Peço que todas as pessoas participando do curso do Apoio Pedagógico até junho de 2020, com interesse em receber o certificado (FALE/ UFMG), leiam o poema abaixo e postem nos comentários uma breve análise. Vocês podem pesquisar sobre a internet na internet (ofereço abaixo o link de onde ele foi extraído), mas podem também fazer uma análise formalista direta, sem levar em conta a autoria, o contexto de produção ou os vários contextos de recepção. Façam como preferirem:

"Ele me parece ser par dos deuses,
O homem que se senta perante ti
E se inclina perto pra ouvir tua doce
Voz e teu riso

Pleno de desejo. Ah, isso, sim,
Faz meu coração ‘stremecer no peito.
Pois tão logo vejo teu rosto, a voz eu
Perco de todo.

Parte-se-me a língua. Um fogo leve
Me percorre inteira por sob a pele.
Com os olhos nada mais vejo. Zumbem
Alto os ouvidos.

Verto-me em suor. Um tremor me toma
Por completo. Mais do que a relva estou
Verde e para a morte não falta muito —
É o que parece."

***

Este curso do Apoio Pedagógico (FALE/ UFMG) não oferece mais certificado de participação a partir de 20/02/2022. Com a conclusão de meu doutorado, meu vínculo institucional com a UFMG está chegando ao fim e, embora eu pretenda deixar disponibilizado todo este material no YouTube por tempo indeterminado, não será mais possível emitir certificados para quem acompanhar os vídeos, fizer as leituras e deixar seus comentários. Um forte abraço, obrigado pelo apoio e até breve!

***

No mais, espero que vocês ajudem a divulgar para pessoas interessadas em literatura e, caso tenham interesse também, participem das atividades, comentem e compartilhem!

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Este curso do Apoio Pedagógico (FALE/ UFMG) não oferece mais certificado de participação a partir de 20/02/2022. Com a conclusão de meu doutorado, meu vínculo institucional com a UFMG está chegando ao fim e, embora eu pretenda deixar disponibilizado todo este material no YouTube por tempo indeterminado, não será mais possível emitir certificados para quem acompanhar os vídeos, fizer as leituras e deixar seus comentários. Um forte abraço, obrigado pelo apoio e até breve!

RafaelSilvaLetras
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Boa tarde, Professor Rafael e participantes do curso!

Tendo como referência o poema apresentado na aula para refletir uma opinião crítica a seu respeito, penso ser um poema em que o “eu lírico” encontra-se vivo, na demasia de um sentimento que se expressa por meio de palavras, frases e expressões que foram vividas tanto pela poetiza, quando pela pessoa leitora que comunga uma experiência com a vivência da subjetividade. Este poema me convidou a sair da racionalidade do chão para me deixar seguir pela imaginação alimentada pela sensibilidade do ser.

Percebi neste poema a escrita literária concebida em sua forma e conteúdo, conforme o que estudei em Fávero (2015), a forma consiste na composição linguística que se encontra dentro do texto por onde a obra é conhecida pela estrutura discursiva ou poética que contém. O conteúdo, nas ideias refletidas no texto permitindo conhecer e avaliar a realidade nos contextos em que estão incluídas e as relações que estabelecem com o mundo que se encontra externo à escrita.

Alguns teóricos analisam a literatura pela forma considerando o caráter apurado de sua estrutura linguística para compará-la a outros textos; outros já levam em consideração o conteúdo que possui e suas correlações com o mundo. O que normalmente determina esta escolha é o interesse, pessoal ou coletivo, a se manifestar em relação ao texto.

Foi uma experiência muito enriquecedora.

Ricardo Pinto de Paula.

cadinho
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Refletindo sobre o poema, suas referências me induzem a pensar nas figuras ilusórias, perfeitas, idealizadas e que assim são quando apenas contempladas, à distância.

spencerlopespinto
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Já fiz um outro curso sobre Literatura que falava sobre Safo, até então nunca tinha ouvido falar dela e foi amor a primeira leitura! Com toda a certeza irei procurar mais a respeito dela! Estou encantada! Excelente aula!

naiademarins
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Interessante e instigante a proposta desta videoaula, como uma possibilidade de se analisar um poema de maneira a não saber autoria ou o contexto de época. Me leva a pensar como é importante aqueles aspectos que você Rafael havia exposto e comentado na aula 01 – sobre potenciais dimensões teóricas da abordagem crítica de uma obra literária – Compagnon.
Esse poema inicia-se de forma a realizar uma narrativa das circunstâncias de uma pessoa, um homem possivelmente distante de quem narra, mas que chama atenção.
Depois, não sei se estarei correto com o raciocínio, mas parece que há uma inversão e quem narra se converte em um eu-lírico, aparentemente uma mulher, que apresenta um sofrimento ao ver alguém que ama estar perto de outra pessoa e, mesmo assim, não há dúvidas dos desejos por esse homem com características divinais para ela.

felipefurtado
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Boa tarde, professor! Optei por fazer uma breve análise sem me aprofundar em pesquisas e, na minha opinião, o poema possui uma temática romântica com traços eróticos e uma dualidade entre o prazer e a morte. Na primeira estrofe ele é narrado em terceira pessoa onde é feita uma descrição do ser amado idealizado, já na segunda estrofe o poema passa a ser narrado em primeira pessoa dando voz ao eu lírico que canta sobre uma paixão e como ela afeta as sensações corporais e os sentidos (tato, audição, visão). Por fim, o poema me pareceu um tanto quanto melancólico e apaixonado, onde o narrador idealiza a pessoa amada.

alicesallas
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Busquei a performance sugerida no link. Sinto que ela reforça uma característica épica no texto, o que num primeiro momento parece um poema muito contemporâneo, um tipo de poema erótico muito encontrado blogs e redes sociais da uma sensação de leve estranheza dentro da estrutura da musica modal grega, que muitas vezes associada a musica medieval. Com a música o poema ganha uma dimensão sacra, de uma harmonia com o caos, do desejo e a morte, o que não está sobre o controle humano, muito menos da racionalização, até mesmo de conceber, e ao mesmo tempo a beleza, a organização, a métrica, a performance causa a tensão de Apolo e Dionísio .

gabrielrodrigues
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Introdução ao estudo literário
Aula 4
Tema: Literatura e autor - Análise e crítica da obra literária (1ª parte)

Comentário:
Boa tarde, professor! Achei essa aula muito provocativa. Sempre senti dificuldades para analisar qualquer texto com traços poéticos. Leio e releio, mas sempre me perco buscando dar sentido ou o próprio significado que o autor traz.
Confesso que me lembrei muito daquele primeiro vídeo do curso, onde você percorria caminhos para significar e ressignificar o conceito de literatura, e eu me perguntava como receber uma obra literária quando se enxerga uma barreira entre autor e receptor.
Resolvi não buscar referências sobre esta obra. Acredito que é mais instigante quando se analisa sem influências.
Minha simples análise:
Na primeira estrofe, percebo a idealização de alguém que o eu lírico admira, observa e senti profundamente. Que é descrito como um Deus, talvez inalcançável aos seus olhos.
Na segunda e terceira estrofe, é possível notar não só a admiração, mas o desejo ardente de se ter esse alguém e senti-lo corpo a corpo.
É como se ela não fosse capaz de suportar, de sentir tanto. Talvez paixão, talvez amor ou só desejo.

deynabakaneba
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Admito que conhecia esse poema, tive contato durante a disciplina de literatura grega, em um dos períodos anteriores, e no curso de literatura comparada, nesse período em aberto da faculdade. Confesso, também, que não o reconheci logo de início, mas com o trecho que a voz do poema (ou eu lírico) diz que está mais verde do que a relva e sente uma sensação que só pode ser o morrer; só nesse trecho tive mais clareza que se tratava de um dos poemas de Safo. Interessante que esse poema gera, pelo menos em mim, sempre um encontro novo.

Nestes versos, ao mesmo tempo que vem a construção de uma cena, pois conta-se um pouco do que se vê fora, há a expressão do que se passa dentro, tecendo, assim, uma ligação entre o que se passa dentro e o que se dá fora, em uma “narrativa do eu”. Contudo, o que se passa dentro-fora, nem todos poderiam notar se não fosse dito, talvez os mais íntimos ou mais observadores conseguissem ver, pelos olhos de quem se expressa, o sentir, a sinestesia que é expressa em palavras como se a ninguém e todos, ou apenas a si mesma, fosse dito.

Transborda uma força de vida e de morte, algo como sentir-se vivo e quase morto pela experiência da paixão. Os sentimentos e sensações são descritos com tanto detalhe e profundidade que quase dá para sentir junto e passar por tudo junto, podendo vir à memória situações semelhantes vividas ou à imaginação algo que nunca se deu. Quanto a forma, a quebra no último verso de cada estrofe, ao inserir o pentassílabo, diferente dos versos anteriores que são maiores (variando entre decassílabos, hendecassílabos e dodecassílabos), acrescenta mais informação e efeito sensitivo, como um pouco de morte em meio a vida, como se partisse algo que se espera inteiro ao meio, como se encurtasse a duração do que se espera longo, como um respiro interrompido.

Considerei essa dinâmica interessante, se eu tiver oportunidade durante a docência ou em outra situação, com certeza farei uso dela.

monica.santos
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Sugiro uma confirmação do último verso com o que foi dito no primeiro, ou seja, a voz no poema reafirma o que disse ao abrir o poema. O desejo aparece nas três pessoas (ele, ti, eu), mas é intenso e fortemente percebido na voz que dita o poema. O corpo é uma das formas de linguagem presente ali.

biancagomes
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Fiz uma leitura desse poema como um enfermo numa cama de hospital. Assim o médico (que seria o par com os deus, aquele com poder sobre a vida e a morte) se curva para ouvir alguém já fraco demais para falar muito alto. O estremecer do coração seria um nervosismo para com a noticia que viria em seguida, ou a avaliação do estado de saúde. O penultimo estrofe me parece alguém numa máquina de ressonancia magnética, com o contraste queimando a lingua, o ambiente fechado e o barulho que a máquina faz em seu funcionamento.

ulissesmoreno
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Fiz uma pesquisa bem básica sobre a poeta Safo, e a partir da leitura desse poema o que me chamou a atenção foi como podemos verificaras diferentes perspectivas, as pessoas do discurso se misturam, ás vezes parece que o eu lírico está apenas observando o ato erótico, em outras vezes me parece que ele está participando ativamente do ato sexual. Sem rimas, é possível notar e fruir o poema de modo mais sensorial (tato, visão e audição), a morte no fim do poema se ilustra como efemeridade ou fim do ato do prazer, como também volta para o mundo real.

anacarolinadasilvalopes
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O poema tem uma regularidade métrica e uma sequência de rimas finais, bem como rimas internas, pertence a alguma tradição.
Tem alguns enjambements (seria um anacronismo?), que cria um ritmo interessante na leitura.
O sujeito lírico é uma mulher que, aparentemente, se dirige a duas pessoas, incluindo um homem pela qual ela tem desejos.
Quanto ao tema, parece existir alguma tensão produtiva entre uma descrição menos calorosa e mais distanciada na primeira estrofe, inclusive que utiliza figuras como “deuses”, “doce voz”, com as imagens intensas do desejo que surgem nas demais estrofes.
O trecho no início “ele me parece” me fez lembrar de uma estrutura em latim, que achei muito interessante por ser bem próxima foneticamente à nossa. “ille me par esse...”.
A proposta do exercício é muito boa, porque mostra ser praticamente impossível realizar uma crítica (até mesmo uma interpretação) desconsiderando-se a figura do autor, seu projeto literário, o que faz com que consigamos saber também outras informações importantes, como o período da obra, a sociedade em que foi escrita, o gênero exato a que pertence etc.
Afinal, uma metáfora como “estou verde” pouco significa sem o contexto a que refere. Uma referência à morte no texto pode expressar criar muitos sentidos a depender de como se relaciona com outros dados.
PS: depois vi a autoria nos comentários dos colegas. Achei genial ter encontrado "ecos" do latim em um texto anterior à cultura latina! Fui buscar e vi que estava pensando em um poema latino que relê este texto de Safo. Muito legal!

tiagodieguez
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Parece um poema em que o eu-lírico demonstra um desejo por um homem, sendo assim caracterizado como um poema romântico. Existe uma idealização que confirma essa ideia, no qual "par dos deuses" deve ser o maior adjetivo usado. A primeira estrofe sem pontos indica o coração acelerado após ouvir a "doce voz" e ver o sorriso do pretendente, o que é confirmado na segunda estrofe. Ainda nas duas primeiras estrofes é possível encontrar uma ressonância entre as palavras, para efeito de musicalidade, nas repetições consonantais de sons com "ss" (ser, deuses, se senta) e "par, per" (parece, par, perante, perto, para, pleno, peito).
As duas últimas estrofes possuem um aumento nas sílabas poéticas, principalmente nos três primeiros versos, o que talvez indique um contato do idealizado com o eu-lírico, assim precisando de mais espaço para descrever as sensações desse contato. Aqui os adjetivos usados partem para uma mistura de elementos da natureza com descrições físicas, talvez mostrando a naturalidade dos sentimentos, ou, confirmando o contato amoroso entre os parceiros. É através das sinestesias que esse conceito parece ser confirmado, assim o fogo sobre a pele, a língua partida e o zumbido dos ouvidos criam uma atmosfera de envolvimento, sendo a "relva verde" simbolizando uma timidez, ou pureza, até chegar no ápice que, no poema retratado, é a morte. Talvez uma sensação tão boa que o eu-lírico pensou que morreria.

alissonbuggenhagen
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Olá professor! Sobre o poema, vejo que se trata de uma cena bem romântica. Pela minha interpretação o eu lírico parece ser uma mulher extremamente encantada pela visão de seu amado, já que ela o compara aos próprios deuses, diz estar cega (acredito que por seu amor), admite estar perto da morte, mas não sei ao certo se ela se incomoda tanto, já que seu coração foi tomado pelo homem. Acho que a mensagem que o poema quis passar foi justamente essa idealização, o amor cego que pode levar à morte.

gabrielacesaroliveiradoca
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Olá, professor! Confesso que tenho dificuldades em fazer análises de poemas, tanto do ponto de vista formal quanto do conteúdo, mas vai aqui a tentativa. O poema me parece descrever as sensações que o eu lírico tem quando a pessoa amada se aproxima. São sensações que lhe afetam todos os sentidos, ou melhor, lhe privam deles, de modo que tudo que lhe resta é a sensação de morte. O que mais me surpreendeu foi, ao olhar o link da descrição, descobrir que era um poema tão antigo – a prova de que a Grécia continua a ressoar em nós. Experimentei, também, uma sensação muito diferente ao ouvir a tradução cantada. Antes disso, o ritmo da leitura me parecia um tanto eufórico, ressaltando a presença da pessoa amada. Mas, depois de ter a experiência sonora do poema, ele me pareceu mais melancólico, ressaltando a sensação gradativa de perda que o texto descreve.

luizasantosnascimento
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É um poema cujo conteúdo é carreado de elementos sinestésicos. O objetivo é que a as sensações do eu-lírico possam ser transmitidas ao leitor. Concordo com os comentários dos colegas que falam do viés erótico, mas não é o todo, é uma parte do todo que se pretende apresentar. Há um vínculo emocional-corporal que não apenas suscita, mas incita o desejo, razão de ser da gradação dos atos.

A primeira estrofe apresenta a contemplação do outro: “Ele me parece ser par dos Deuses/ O homem que se inclina perante ti”. O ato de inclinar-se para ouvir a “voz e o riso” provém de um alguém que ama e vê a
beleza dessas pequenas coisas. Já na estrofe posterior, há a gradação com a apresentação do desejo, ocasião em que o corpo se faz presente mediante o estremecer daquele que deseja, bem como da voz e do rosto do objeto desejado (que levam ao ato de perder-se).
 Na terceira estrofe, a metáfora (fogo sob a pele) apresenta ao leitor a sensação de prazer, enquanto a
quarta estrofe, seria a representação do êxtase do desejo consumado: “Mais do que a relva estou verde e para a morte não falta muito”. Considerando-se a proposta, creio que essa seja uma interpretação possível, vez que achei que seria melhor fazer às cegas.

maicris
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Esse poema realmente é um mar de observações, e a cada vez que eu leio, parece que uma nova teoria surte, então vou pelo mais óbvio e que se sobressai sempre, mesmo que eu leia várias vezes. É nítido o triângulo amoroso pelo qual nos debruçamos nos versos que compõem o poema. Isso porque, no início, o eu lírico está observando algo que não pode ter, e o que ele quer está "nos braços" de outra pessoa. Ao cotinuar esta narrativa amorosa e conturbada, percebe-se que ele sente na própria pele sensações que são causadas pela ausência do que se deseja ter, mas que ele sente só de observar. Além disso, o poema começa e termina com frases semelhantes, o que remonta a ideia de que ele, ao analisar a amada com outro, deduz várias sensações, como se fosse ele no lugar do homem que observa estar com a sua mulher, então ele só implica que tudo "parece" tal coisa ou situação. Por fim, me atentei sobre a subjetividade, que tem a ver com esse parecer. A névoa da incerteza do poema é construída a partir da própria incerteza do eu lírico em sofrer ao contemplar a cena do triângulo amoroso, sendo ele o único lesado.

bibinascimento
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Boa noite professor, procurei descrever o poema sem pesquisar nada sobre ele, nem a autoria, assim como a sua experiência. O poema me parece falar de amor, a voz do poema ama. Em outro momento senti que falava de uma divindade, o amor ao divino, não sei ao certo. No percorrer dos versos sinto a suavidade com que as palavras descrevem a voz, o riso, que vai se tornando algo mais intenso, o coração estremecer no peito, e mais intenso se torna os olhos já não veem nada a te chegar em uma potência máxima próxima da morte.

isabelsantos
Автор

O poema é extremamente sonoro, com um ritmo muito gostoso de ser ouvido, e as estrofes me parecem seguir a métrica 10-10-10-4. Achei interessante como parece ter um progresso crescente do envolvimento do eu lírico na situação apresentada. Na primeira estrofe declara uma observação de algo que não participa; na segunda, se introduz com seus sentimentos e demonstra proximidade dos personagens; na terceira parece ter um envolvimento mais físico; por fim, a última estrofe parece se voltar inteiramente para sua experiência pessoal. Me chamou a atenção que no primeiro e último verso é usado o verbo "parece", mas não conclui nada especificamente sobre isso. Outra coisa que me despertou interesse foi que, num poema tão antigo como esse, já era retratada e intensa relação entre prazer e morte, que podemos perceber em diversas obras até a atualidade. Adorei o poema, com certeza vou buscar interpretações!

isadoralinkegazzinelli