EFMM - Estrada de Ferro Madeira Mamoré - Parte 1

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Inaugurada em 1912, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi resultado do Tratado de Petrópolis, acordo entre Brasil e Bolívia que resolveu disputas territoriais na região onde se situa o estado do Acre. O Tratado previa, entre outras coisas, a construção pelo Brasil de um corredor ferroviário de 366 Km ligando Porto Velho a Guajará Mirim, para facilitar o escoamento da borracha boliviana e brasileira. Dos 21.817 operários, de várias nacionalidades, contratados para essa empreitada, 1522 perderam a vida na selva amazônica, vítimas de malária, tiro e flechada. O fim do ciclo da borracha selou o destino da ferrovia, cuja importância foi minguando ao longo de 5 décadas, até que em 25 de maio de 1966 o então presidente Castelo Branco deu o golpe de misericórdia, decretando a extinção da "Ferrovia do Diabo".

A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi oficalmente desativada em 1972 e somente 34 anos depois parte dela foi considerada pelo governo federal como patrimônio cultural. Em dezembro de 2006, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou o conjunto histórico, arquitetônico e paisagístico da Estrada de Ferro Madeira- Mamoré, em Porto Velho.
O conjunto, segundo o arquiteto Giovani Barcelos, do Iphan, é formado pelo pátio ferroviário, os oito quilômetros da estrada de ferro que vai da Estação Central, no Centro de Porto Velho, até a antiga Estação de Santo Antônio, as Caixas d'Água e o Cemitério da Candelária.
Giovani explica que esse conjunto foi tombado por "possuírem um excepcional valor cultural".
Em Gujará-Mirim, onde há outra estação, ainda não houve tombamento por parte do Iphan.

Video:
Locais aproximados em partes do trechos.
Algumas estações com fotos ilustrativa da região.

Google Maps: Traçado atualizado - 2020

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Sou de guajara mirim e tenho orgulho em saber dessa história viva. Parabéns à todos os ferroviários.

edmilsonsanchez
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DOCUMENTÁRIO MUITO BEM PRODUZIDO, SOU FILHO DE RONDÔNIA, NATURAL DE PORTO VELHO, OBRIGADO E CONTINUEM POR FAVOR MOSTRANDO NOSSO AMADO ESTADO.

lucinipinheiro
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Sensacional meus pais trabalharam nessa época quando a extração da borracha tava no auge, meus parabéns pelo vídeo.

macilaovicente
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Belíssimo trabalho parabéns estou anciosos pra ver o vídeo um dia do trexo três rios ligação-Ubá

marcelorocha
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Essa estrada de ferro foi construída com muito amor e carinho pelos antigos, pessoas que amavam o nosso estado e imaginava que as gerações futura iriam dar continuidade. Mas, hoje, tudo acabado e abandonado. Morei 8 anos em Porto velho e ficava muito triste em ver essa história se acabando, se corroendo pelo tempo, vândalos quebrando o pouco que ainda restou e os governadores, prefeitos que passaram por Porto velho, nada fazia para conservar a nossa querida estrada de ferro Madeira Mamoré.

carlinhosjipa
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Parabéns pela iniciativa, excelêntíssimo trabalho!!

almeidaleticia
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Sou criança e já visitei lá muitas vezes já andei no trem pequeno e è muito legal

manel
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Espetáculo!!! Por favor, não vejo a hora de você lançar a continuação, e conhecer o percurso mais tenebroso de todos... A famosa Reta do Abunã 👏👏👏👏👏

Diegoferreira.
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Eu A-M-E-I!!!
Eu estou apaixona, eu estou encanta, eu estou... literalmente sem palavras para descrever o quanto eu AMEI esse vídeo!!!
Simplesmente incrível, o melhor que eu já vi sobre esse assunto.
Meus mais sinceros parabéns!!

helenaalves
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A história é linda, mas tão triste de se ver. Obrigado Sr José, seu trabalho é maravilhoso... Batatais/SP

ronaldooliveira
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Eu penso comigo o que valeu a vida dos que morreram..e os que sobreviveram durante a contratação dessa ferrovia....Nosso pais a muito tempo esta na contramão....estao acabando com todas as ferrovias....e o capital ivestido nelas...apodreceu com o ótimo video e Obrigado!!!!

thetchonero
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Sem dúvida nenhuma a história de Porto Velho e de Rondônia é uma das mais belas que se tem conhecimento, em nosso país. À época em que foi construída, definitivamente, a EFMM, construía-se, pelo mesmo grupo, a ferrovia que ligava São Paulo ao Rio Grande do Sul, concedendo o governo imperial concessões a construtora, para exploração de madeira, particularmente no Paraná e Santa Catarina, numa faixa de 30 km de terras devolutas de cada lado da ferrovia, que foram reduzidas para 15 km após a proclamação das república. Em 1893, esta concessão transferiu-se para a Companhia São Paulo Rio Grande e desta para a Brazil Railway Company. Aí segue-se uma longa história. Os ocupantes destas áreas, brasileiros, ficaram revoltados e em consequência gerou a longa e sangrenta "Guerra do contestado" onde o governo brasileiro sofreu severas perdas. Os chamados "jagunços", contestadores valiam-se de emboscadas, perfurando morros de um lado ao outro, faziam emboscadas e fugiam, valendo-se do elemento surpresa. Muitas vidas foram perdidas. Aliado a isto surgiu o sentimento religioso estimulado por João Maria de Agostini, o "monge das Lapa", uma espécie de Antônio Conselheiro. Este conflito espalhou por praticamente todo o Estado de Santa Catarina, como São João, lages, Curitibanos, Iguaçu, Rio Negro, Canoinhas, União da Vitória, com destruição e incêndios nos depósitos de madeiras, principalmente a Lumber, em Calmon.
Este problema, os construtores da EFMM não tiveram. O problema sério, do pós construção foi a perda da primazia e preço da borracha, com o furto de toneladas de sementes da seringueira, plantados na Malásia que lá adaptou-se racionalmente, em plantios de cultivo. Aqui era nativa, não adaptando-se ao plantio racional o que onerava em muito sua exploração. Em razão disto durante 60 anos a EFMM tornou-se deficitária. Por outro lado, o consumo elevadíssimo do óleo diesel, uma de suas maiores despesas, sendo suas máquinas movidas a vapor, com consumo de lenha abundante na região, a tornava inviável. O fato é que dos recursos vindos para cobrir o déficit da EFMM, grande parte era direcionado a compra de óleo diesel para abastecer os grupos geradores de Porto Velho, Guajará Mirim, Abunã e outras localidades. Era, à época, o recurso que encontraram para manter populações em um lugar, praticamente desprovido de recursos e atrativos, a não ser os que tinham vínculos de emprego com a região. A economia regional, naquele tempo, era a de exploração dos recursos naturais como castanha, borracha e depois cassiterita, minério de estanho.

CarlosAlberto-nsfq
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Por favor, você precisa dar continuidade a este trabalho... Muito importante para os amantes desta história

Diegoferreira.
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Parabéns Bela edição do vídeo e muito interessante essa história

manel
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Eu nunca tinha visto um video mostrando o mapeamento da estrada de ferro madeira mamore por onde ela passava no seu traçado, , esta de parabens o produtor do material ..matou a minha curiosidade.Parabens.

marciojose-ekfj
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Boa noite sr. José muito legal esse vídeo também

heriveltocsilva
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Como você conseguiu mapear o trajeto da ferrovia? Sempre tive muita curiosidade em saber o trajeto, sou de Rio Branco no Acre e sempre tive essa curiosidade, tenho 38 anos e desde pequeno viajava de ônibus até Porto Velho, na época a estrada ainda era de barro. Já na adolescência eu costumava ficar olhando os trilhos durante a viagem, ficava acompanhando até eles sumirem e depois voltavam a aparecer, ficava imaginando pra onde eles iam. Hj viajo de carro e percebo q parte dos trilhos q eu via já sumiram, acho q foram os fazendeiros q tiraram. Na parte 2 eu descobri uma parte q n sabia q existia, q era ali no Abunã eu achava q os trilhos vinham pela estrada e chegavam no reto no Abunã, mas não, os trilhos vem pelo mato e vai até lá na frente e pega voltando pro Abunã e depois entra pra guajará mirim.
Excelente o vídeo, mato minha colorida e ainda descobri um trecho q eu nem imaginava q existia.

Bocaac
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Confesso que me causou tristeza esse histórico!

rosamariahummel
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Video é parte importante da historia do Brasil que todo cidadão devia ver.Nota-se o esforço da engenharia no trajeto altiplano para o trem fugir dos alagados. Vê-se muitas retas o que valoriza a obra de 366 quilometros. Pontes e locomotivas"made in USA".

marcosribeiro
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