O QUE É IDENTITARISMO BURGUÊS? | Virgínia Fontes

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Ela está de volta! A historiadora marxista Virgínia Fontes retoma sua coluna mensal na TV Boitempo com um tema quente.

00:21 | Introdução
01:03 | Parte 1: Conjuntura brasileira
04:50 | Parte 2: Identitarismo x universalismo

Na conversa impertinente de hoje Virgínia Fontes se inspira em Rosa Luxemburgo para virar do avesso alguns lugares comuns no embate contemporâneo entre identitarismo e universalismo. Na primeira parte, ela comenta a conjuntura brasileira, destacando as consequências da pandemia da covid-19 que já ultrapassou as 600 mil mortes no país, a continuidade de um governo fascista que segue devastando direitos básicos da população, destruindo a ciência e o meio ambiente. Na segunda, a historiadora desenvolve o polêmico embate entre o identitarismo burguês e o universalismo das lutas populares, defendendo que é a igualdade presente neste último que permite o florescimento da diferença. As classes dominantes, por sua vez, atacam o universalismo das classes populares em nome de um universalismo do capital, subestimando suas lutas como identitárias e defendendo a desigualdade como condição de expansão da economia.

O que achou da análise? Sobre o que mais você gostaria de ouvir ela falar? Conte para a gente aqui nos comentários! E não se esqueça de se inscrever no canal e ativar as notificações pra receber nossos vídeos em primeira mão.

📚 LEITURAS DO MÊS
📕 MARGEM ESQUERDA #33: dossiê marxismo e lutas LGBT
📕 MARGEM ESQUERDA #29: dossiê lutas indígenas e socialismo
📕 MARXISMO E QUESTÃO RACIAL, com textos de Silvio de Almeida, Alessandra Devulsky, Dennis de Oliveira, Marcio Farias e Rosane Borges.
📕 GÊNERO E DESIGUALDADES: limites da democracia no Brasil, de Flávia Biroli
📕 MULHERES, RAÇA E CLASSE, de Angela Davis
📕 CONSTRUINDO MOVIMENTOS: uma conversa em tempos de pandemia, de Angela Davis e Naomi Klein
📕 FEMINISMO PARA OS 99%: um manifesto, de Nancy Fraser, Cinzia Arruzza e Tithi Bhattacharya

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#VirgíniaFontes #marxismo #impertinência
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Комментарии
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Excelente. Apenas para comentar: é uma pena que a classe média, por se julgar "rica" participe ao lado dos donos do capital e não ao lado do povo, do qual ela também é parte, mas se recusa a reconhecer!

violinoable
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Professora, a classe dominante viu no identitariamo a chance de dividir, diminuir para lutas comunitárias a luta de classes e aparelhar essa luta. Hj, a burguesia é grande financiadora de grupos identitários no Bradil e no mundo.

daniellecruz
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Amo ver e ouvir a minha eterna professora de História: Virgínia Fontes!

danieleferrazbatista
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Excelente, Virgínia! Eu acrescentaria à sua belíssima exposição a incompreensão de parte significativa da esquerda a esse importante debate teórico e político.

renatagoncalves
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O problema é que as classes dominantes hoje usam as lutas populares. Quem denominada hoje as lutas de identitárias é a classe dominante através de ONGs ligadas a CIA e aos interesses do Império, estas ONGs tornaram as lutas superficiais, para servir à vários propósitos. O mais grave é enterrar a luta de classes. Ao enterrar a luta de classes, eles conseguem aprofundar as desigualdades e manter a estrutura de classes vigente, com grande parcela de pobres para ser escravizados. Logo as lutas apontadas como identitárias são as praticadas de forma totalmente superficial pelos agentes do Império, pelos burgueses, independente se estes burgueses se declaram de direita ou esquerda. Já que a CIA inclusive pode estar dentro da própria esquerda.

marlisilva
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Virgínia, você me comove, sua defesa clara e tão bem fundamentada da democracia e das lutas sociais não pode ser questionada. Muito obrigado pelo seu trabalho. Fora Bolsonaro!

fabiom
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Virgínia! Sempre a acompanho, porém você não apontou os limites dessas lutas dentro do limite do capital. Essas lutas são muito limitadas, apesar de muito importantes. Faltou também pautar a natureza da burguesia brasileira. Espero por seus próximos vídeos.

lucianafernandes
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Uma pena ter descoberto o canal agora...
Nunca é tarde para ouvir e aprender sobre lutas de classes...
Tema bem abordado e elucidativo.
Parabéns!

leandromendonca
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Elegantemente maravilhosa. Saudade das suas aulas.
😍

lucianolima
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Querida profa., me permita apontar algumas lacunas. 1) Não há um tipo organização desses grupos da mesma forma que os sindicatos. Estão, no máximo, em coletivos e grupos como herdeiros dos Novos Movimentos Sociais. Não há uma federação feminista brasileira. Não há identidade em o chamado "movimento" LGBTIQA+ (pelo contrário, há conflito e muito ódio). Há muita disputa nos grupos de movimentos negros. E, em todos os segmentos, há principalmente indivíduos atuando na lógica da concorrência. 2) Não sei até que ponto não há interesse dos capitalistas nessas lutas, já que estão sendo assimiladas e incorporadas em diversos setores, da publicidade a conselhos de jornais, passando por novelas e Netflix. O ódio contra as cotas raciais não anula o fato de que as cotas são políticas liberais compensatórias ou reparadoras (lembra quando se lutava por uma universidade para todos? Por que quem se forma na escola pública não tem direito a ensino superior público?) 3) Há uma diferença ontológica na luta contra o Capital e o capitalismo: quem produz a riqueza. Que ontologia do ser social se produz a partir das lutas antiopressão? 4) Por fim, há lutas e lutas, e a astúcia da pós-modernidade é tratar de um tema real e de opressões, mas sem alterar o caráter da exploração. Por isso não se pode colocar no mesmo balaio as lutas antiopressão e a luta contra a exploração, tampouco as lutas antiopressão são todas iguais e quem luta por elas têm os mesmos interesses, o do Capital. Aliás, o que temos visto é o contrário. Bem-vinda de volta!

LuizaCoppieters
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Escutar a Professora Virginia com sua clareza é sempre tão recompensador... Mesmo quando discordo em algum ponto, como em relação ao identitarismo, por exemplo, ainda aprendo muito. 👍👆

ULYaneRibeiro
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Que maravilhoso! Virgínia Fontes é FUNDAMENTAL! Bravo!!!

Jsccompany
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Professora Virgínia .. impecável e como sempre precisa em suas colocações!!! 👏🏼👏🏼👏🏼✊🏼🌹

alexsandraandradeneves
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Obrigado Virginia e Boitempo, precisamos de mais videos como esse circulando em nossa sociedade.

duardomon
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Excelente, é tudo que precusava saber pra confirmar o que venho falando pra meus companheiros.

mariarosarioborges
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Obrigado pela aula onde sempre ganhamos um novo olhar sobre o tema. Parabéns à Boitempo pelo tempo do vídeo mais resumido, dá para assistir vários.

FranklinCanela
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QUE PENA NÃO TER ESCUTADO ESSES INCRÍVEIS ESCLARECIMENTOS QUANDO EU TINHA 14 ANOS.

domalltobello
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Aguardo ansiosamente pelo dia as lutas identidarias tais quais dos LGBTQIs, negros, mulheres, entendam que a grande luta é a luta de classes! Que entendam isso e participem das manifestações contra Bolsonazi.

fatimadecarvalho
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Nada é mais identitário e liberal do que a frase “vocês que lutem!”.

samuellustosa
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Amei, cara professora Virginia e Boitempo!
Adorei o fato de citar os LGBTI. Porque há uma ala conservadora e egoísta (redundante) nas semi-esquerdas que nunca incluí os LGBTI ao citar as minorias grupais que o capitalismo especialmente esmaga Apenas falam de mulheres, pretos e indígenas.
Adorei o fato de também apontar que o termo "identitarismo" é usado para desqualificar as minorias como grupos nas condições de classe pelas elites.
Essa crítica é necessária porque simplesmente se refere a algo real..Mas, considero importante falar que, tão rreal quanto são, sim, alguns muitos sujeitos neoliberais econômicos que pertencem às minorias e que usam as lutas dos grupos também para ocultar as lutas das classes. E eles agem sim como verdadeiros "identitaristas".

AiwaLover