Quando a Medicação Ajuda

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“Uma grande pergunta que todos nós psicoterapeutas nos fazemos:
Quando a medicação ajuda no processo psicoterapêutico?

 Meu nome é Patrícia Piper Ehlke, sou médica psiquiatra, especialista em psicologia clínica e estou aqui com vocês no Instituto Aripe para trabalhar alguns temas bem relevantes do nosso próximo curso.

Todos nós terapeutas já estivemos diante da seguinte situação:
Meu paciente não melhora, meu paciente demonstra um sofrimento muito intenso, tem colocado em risco a própria vida ou colocada em risco a vida de outras pessoas, tem se machucado ou tem vivenciado uma intensidade tão grande de um sofrimento que a gente se vê em um lugar de “Puxa, o que eu posso fazer por esse paciente? De que maneira eu posso potencializar um tratamento e auxiliar esse paciente a passar por um período de tanta conturbação ou de tanto sofrimento?”

É claro que essa pergunta não tem uma resposta, ela tem inúmeras respostas, inúmeras formas da gente articular isso tudo.

 A questão é que alguns sofrimentos são tão intensos, são tão frequentes, não cedem, que o recurso farmacológico se coloca presente na relação com o paciente, na relação com a família.

Nós temos que pensar em formas de oferecer para o psicólogo, para o terapeuta, instrumentos para que ele compreenda o papel dele nessa prescrição, o papel que se espera do remédio.
Não no contexto de alienação, não no contexto da redução da subjetividade, mas no contexto de se utilizar da medicação como uma forma de viabilizar o processo psicoterapêutico.

Abordaremos outros temas relevantes e importantes para a prática clínica numa série de vídeos aqui no Instituto Aripe.”
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