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Platão, a carruagem alada e outras prosas
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# A República de Platão # A República # Platão # Timeu de Platão
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Live com a Fabíola Menezes de Araújo, a Cabocla Fabíola, sobre suas pesquisas em um dos dois doutorados.
O Livro X da República de Platão e o Timeu têm uma relação interessante, pois ambos exploram questões sobre a realidade, a alma e o conhecimento, embora de maneiras diferentes. O Livro X da República é amplamente conhecido por sua crítica à poesia e às artes imitativas, enquanto o Timeu se aprofunda nas explicações cosmológicas e metafísicas sobre a criação do universo e a natureza da alma.
Livro X da República
No Livro X, Platão argumenta contra a poesia, especialmente a tragédia e a comédia, por seu caráter imitativo (mimético). Ele defende que a arte imitativa afasta a alma da verdade, uma vez que copia apenas as aparências sensíveis e não as realidades essenciais (as Formas). Platão distingue entre o mundo sensível, imperfeito e transitório, e o mundo das Formas, eterno e imutável, sendo o último a verdadeira realidade.
Além disso, Platão introduz a famosa teoria da tripartição da alma, onde a parte racional deve governar as outras, com o objetivo de alcançar a justiça e a sabedoria. Ele também discute a imortalidade da alma e a vida após a morte, encerrando com o mito de Er, uma alegoria sobre a reencarnação e a recompensa das almas justas.
Timeu
O Timeu, por outro lado, é um diálogo cosmológico que descreve a criação do universo por um Demiurgo benevolente. Neste diálogo, Platão apresenta a teoria de que o cosmos é uma imitação do mundo inteligível, e que foi criado de acordo com as Formas, que servem como modelos eternos para o mundo sensível.
O diálogo explora questões como a natureza da alma do mundo e as almas individuais, sugerindo que a alma humana é parte do cosmos e tem uma natureza racional que deve ser cultivada para alcançar o conhecimento verdadeiro. O Timeu também discute a relação entre o corpo e a alma, propondo que a saúde física e espiritual estão interligadas.
Relação entre os dois textos
A conexão entre o Livro X da República e o Timeu pode ser vista no interesse de Platão pela relação entre o sensível e o inteligível. No Livro X, a crítica à arte imitativa é baseada na noção de que ela distorce a percepção da verdadeira realidade, levando as pessoas a se concentrarem nas aparências em vez de nas essências. Já o Timeu explora como o universo sensível foi criado como uma imitação do mundo das Formas, oferecendo uma visão positiva da criação e da ordem cósmica.
Dessa forma, o Livro X da República pode ser visto como uma preparação intelectual para o Timeu, pois ambos os textos enfatizam a importância de transcender o mundo das aparências e buscar o conhecimento do mundo das Formas. Enquanto o Livro X se concentra mais nas consequências éticas e políticas da mimese (imitação), o Timeu se aprofunda nas implicações cosmológicas dessa distinção entre o sensível e o inteligível.
A Cabocla Fabíola possui graduação e mestrado em Filosofia pela UERJ, um doutorado em Teoria Psicanalítica pela UFRJ, e outro doutorado em Filosofia pela PUC- Rio. Realizou um pós-doutorado em Comunicação pela UFRJ. Têm pesquisado nas áreas de Filosofia Antiga e Contemporânea, mas também realiza pesquisas em Ancestralidades Africanas, em especial se dedica a pensar questões relativas a como estas ancestralidades são presentes nas artes e na filosofia brasileira.
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O Livro X da República de Platão e o Timeu têm uma relação interessante, pois ambos exploram questões sobre a realidade, a alma e o conhecimento, embora de maneiras diferentes. O Livro X da República é amplamente conhecido por sua crítica à poesia e às artes imitativas, enquanto o Timeu se aprofunda nas explicações cosmológicas e metafísicas sobre a criação do universo e a natureza da alma.
Livro X da República
No Livro X, Platão argumenta contra a poesia, especialmente a tragédia e a comédia, por seu caráter imitativo (mimético). Ele defende que a arte imitativa afasta a alma da verdade, uma vez que copia apenas as aparências sensíveis e não as realidades essenciais (as Formas). Platão distingue entre o mundo sensível, imperfeito e transitório, e o mundo das Formas, eterno e imutável, sendo o último a verdadeira realidade.
Além disso, Platão introduz a famosa teoria da tripartição da alma, onde a parte racional deve governar as outras, com o objetivo de alcançar a justiça e a sabedoria. Ele também discute a imortalidade da alma e a vida após a morte, encerrando com o mito de Er, uma alegoria sobre a reencarnação e a recompensa das almas justas.
Timeu
O Timeu, por outro lado, é um diálogo cosmológico que descreve a criação do universo por um Demiurgo benevolente. Neste diálogo, Platão apresenta a teoria de que o cosmos é uma imitação do mundo inteligível, e que foi criado de acordo com as Formas, que servem como modelos eternos para o mundo sensível.
O diálogo explora questões como a natureza da alma do mundo e as almas individuais, sugerindo que a alma humana é parte do cosmos e tem uma natureza racional que deve ser cultivada para alcançar o conhecimento verdadeiro. O Timeu também discute a relação entre o corpo e a alma, propondo que a saúde física e espiritual estão interligadas.
Relação entre os dois textos
A conexão entre o Livro X da República e o Timeu pode ser vista no interesse de Platão pela relação entre o sensível e o inteligível. No Livro X, a crítica à arte imitativa é baseada na noção de que ela distorce a percepção da verdadeira realidade, levando as pessoas a se concentrarem nas aparências em vez de nas essências. Já o Timeu explora como o universo sensível foi criado como uma imitação do mundo das Formas, oferecendo uma visão positiva da criação e da ordem cósmica.
Dessa forma, o Livro X da República pode ser visto como uma preparação intelectual para o Timeu, pois ambos os textos enfatizam a importância de transcender o mundo das aparências e buscar o conhecimento do mundo das Formas. Enquanto o Livro X se concentra mais nas consequências éticas e políticas da mimese (imitação), o Timeu se aprofunda nas implicações cosmológicas dessa distinção entre o sensível e o inteligível.
A Cabocla Fabíola possui graduação e mestrado em Filosofia pela UERJ, um doutorado em Teoria Psicanalítica pela UFRJ, e outro doutorado em Filosofia pela PUC- Rio. Realizou um pós-doutorado em Comunicação pela UFRJ. Têm pesquisado nas áreas de Filosofia Antiga e Contemporânea, mas também realiza pesquisas em Ancestralidades Africanas, em especial se dedica a pensar questões relativas a como estas ancestralidades são presentes nas artes e na filosofia brasileira.