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CULTNE - Dj Malboro - Encontro dos Amigos do Vinil

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22º Encontro dos Amigos do Vinil em Cavalcante, no Rio de janeiro, no dia 14 de março de 2015 com a participação de vários Dj's. Na oportunidade foi comemorado os 35 anos de Charme com homenagens aos ícones da Black Music, entre eles, DJs, Correlo, Samuel, Luizinho Nazz, Malboro e Dom Filó. O acervo Cultne esteve presente com imagens, reportagens e edição de Filó Folho e Zezzynho Andraddy.
Charme é um termo antigo usado para o R&B no estado do Rio de Janeiro. Foi substituído hoje pelo R&B Contemporâneo, uma vertente da black music (Música negra americana) que se desenvolveu a partir do Urban contemporary. Hoje chamamos de Charme músicas negras dos anos 80 e 90 que incorporam o estilo Soul e Funk Americano.
As músicas deste estilo são compostas de forma específica. Elas têm, dentre outras características, um ritmo que é quaternário, muito bem delineado e marcado. Os arranjos são muito bem organizados e chamam a atenção. O trabalho vocal tende sempre a ter uma maravilhosa performance vocal do artista, o que não impede de haver determinadas músicas que não tenham vocal.
A origem deste estilo remonta uma época paralela à Soul music, nos anos 1970, cuja execução no Brasil foi realizada por DJs como Mister Funk Santos.1 O charme tem mais do som da Filadéfia pelos arranjos e melodia do que propriamente do Soul, afinal, tratava-se de uma terceira vertente depois do Soul e o funk.
No final de 1976, a Soul music dava sinais de desgaste, seja pela pulverização do repertório ou pela não renovação do seu público. Outro detalhe que apressaria a morte do Soul foi o nascimento de um outro movimento entre jovens brancos da Zona Norte e Oeste do Rio - "O som das Cocotas". Fica aqui o registro que o movimento "Black Rio" era formado por 60% de negros e pardos, 40% de brancos e mestiços pobres da periferia da cidade. O primeiro "baque" sofrido pelo movimento Soul foi, sem dúvida, a descoberta e identificação do som "pop-rock" pelos frequentadores brancos da zona norte. O segundo e definitivo golpe sofrido pela agonizante Soul music foi dado pela revolução trazida pela disco music em 1977. Por ter sido um movimento mundial, a disco music mudou o comportamento, a moda e a cultura dos jovens da Zona Norte do Rio e boa parte de Brasil.
O termo charme (R&B) foi criado por Corello DJ, no Rio de Janeiro, em março de 1980.2 O DJ Corello começou na época a fazer experiências de outras formas de black music. Ele introduz a musicalidade do charme e as pessoas começam a gostar. Ele não tinha dado um nome para essa experiência, mas observou que quem dançava tinha um movimento corporal bem diferenciado. Em um baile no Mackenzie, no bairro do Méier, o Corello convida: "Chegou a hora do charminho, transe seu corpo bem devagarinho". Essa estória do "charminho" ficou na cabeça das pessoas e elas passaram a falar: "agora eu vou pro charminho, vou ouvir um charme, vou lá no Corello que vai ter charme".
Em 1980 a discoteca se enfraquece como movimento de "dança coletiva", abrindo espaço para o "pop orientado" da gravadoras multinacionais instaladas no Brasil, deixando, por assim dizer, um vácuo musical nas equipes de som do subúrbio do Rio. Corello aproveitou esse "hiato" musical e experimentou músicas e estilos não percebidos por outros DJ's da época.
Charme é um termo antigo usado para o R&B no estado do Rio de Janeiro. Foi substituído hoje pelo R&B Contemporâneo, uma vertente da black music (Música negra americana) que se desenvolveu a partir do Urban contemporary. Hoje chamamos de Charme músicas negras dos anos 80 e 90 que incorporam o estilo Soul e Funk Americano.
As músicas deste estilo são compostas de forma específica. Elas têm, dentre outras características, um ritmo que é quaternário, muito bem delineado e marcado. Os arranjos são muito bem organizados e chamam a atenção. O trabalho vocal tende sempre a ter uma maravilhosa performance vocal do artista, o que não impede de haver determinadas músicas que não tenham vocal.
A origem deste estilo remonta uma época paralela à Soul music, nos anos 1970, cuja execução no Brasil foi realizada por DJs como Mister Funk Santos.1 O charme tem mais do som da Filadéfia pelos arranjos e melodia do que propriamente do Soul, afinal, tratava-se de uma terceira vertente depois do Soul e o funk.
No final de 1976, a Soul music dava sinais de desgaste, seja pela pulverização do repertório ou pela não renovação do seu público. Outro detalhe que apressaria a morte do Soul foi o nascimento de um outro movimento entre jovens brancos da Zona Norte e Oeste do Rio - "O som das Cocotas". Fica aqui o registro que o movimento "Black Rio" era formado por 60% de negros e pardos, 40% de brancos e mestiços pobres da periferia da cidade. O primeiro "baque" sofrido pelo movimento Soul foi, sem dúvida, a descoberta e identificação do som "pop-rock" pelos frequentadores brancos da zona norte. O segundo e definitivo golpe sofrido pela agonizante Soul music foi dado pela revolução trazida pela disco music em 1977. Por ter sido um movimento mundial, a disco music mudou o comportamento, a moda e a cultura dos jovens da Zona Norte do Rio e boa parte de Brasil.
O termo charme (R&B) foi criado por Corello DJ, no Rio de Janeiro, em março de 1980.2 O DJ Corello começou na época a fazer experiências de outras formas de black music. Ele introduz a musicalidade do charme e as pessoas começam a gostar. Ele não tinha dado um nome para essa experiência, mas observou que quem dançava tinha um movimento corporal bem diferenciado. Em um baile no Mackenzie, no bairro do Méier, o Corello convida: "Chegou a hora do charminho, transe seu corpo bem devagarinho". Essa estória do "charminho" ficou na cabeça das pessoas e elas passaram a falar: "agora eu vou pro charminho, vou ouvir um charme, vou lá no Corello que vai ter charme".
Em 1980 a discoteca se enfraquece como movimento de "dança coletiva", abrindo espaço para o "pop orientado" da gravadoras multinacionais instaladas no Brasil, deixando, por assim dizer, um vácuo musical nas equipes de som do subúrbio do Rio. Corello aproveitou esse "hiato" musical e experimentou músicas e estilos não percebidos por outros DJ's da época.
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