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Vera Magalhães: Declarações de Lula sobre Venezuela recebem críticas inclusive da esquerda
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Viva Voz (30/05/2023): Um quadro para uma análise aprofundada e o contexto dos principais fatos políticos do dia com Vera Magalhães.
Os presidentes do Uruguai e do Chile criticaram a fala de Lula que classificou a ditadura na Venezuela como uma “narrativa” que prejudicava o país vizinho. As declarações foram dadas durante a Cúpula dos Presidentes Sul-Americanos, nesta terça-feira (30).
O líder chileno, Gabriel Boric, disse que o que se passa na Venezuela é uma realidade séria e afirmou que não se pode fazer vista grossa. Ele ainda frisou que os Direitos Humanos devem ser respeitados independentemente da política e chamou a fala de Lula de “discrepante”.
Já o presidente uruguaio, Lacalle Pou, disse ter ficado surpreso com a fala do petista, embora não tenha citado diretamente o nome do chefe do Executivo brasileiro. Ele ainda se manifestou de forma contrária à criação de um organismo semelhante à Unasul, como defendem Brasil e Argentina; e pediu um basta a instituições, porque considerou que isso estimula clubes ideológicos.
Vera Magalhães classifica as críticas como duras, porém corretas; e destaca que elas vieram, inclusive, de líderes de esquerda - como é o caso de Boric. “Falas difíceis para Lula ouvir como anfitrião. Ele não gosta de questionamentos e prefere cultivar a imagem de ser uma unanimidade no plano internacional (...). Uma água tremenda no chopp do presidente brasileiro”, afirma.
A comentarista ainda conta que, internamente, Lula também colheu críticas de setores da esquerda que o apoia. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, e a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) foram alguns dos que se manifestaram contra as declarações. “As lideranças mais jovens da esquerda têm menos dificuldade de reconhecer que pode haver - e há - ditaduras dentro do campo socialista e de esquerda. É um problema quase geracional e que está ligado à história do PT (...), que tem a ver com a tendência de colocar todo mundo do mesmo campo sob um guarda-chuva de inimputabilidade”, observa Vera.
“As lideranças mais modernas não têm nenhum tipo de constrangimento em dizer: ‘Somos de esquerda, mas, nem por isso, vamos condescender com ditaduras neste campo’. Essa me parece uma visão de mundo que se adequa melhor às necessidades atuais. A questão democrática é um problema pro mundo e tem que ser levada a sério. Você não pode defender democracia e direitos humanos só quando está dentro do seu campo e fazer vista grossa para ditadores e violadores de direitos que se dizem de esquerda”, finaliza.
#NoArNaCBN #VivaVoz #VeraMagalhães #Lula #Venezuela #AméricadoSul #PolíticaInternacional
Os presidentes do Uruguai e do Chile criticaram a fala de Lula que classificou a ditadura na Venezuela como uma “narrativa” que prejudicava o país vizinho. As declarações foram dadas durante a Cúpula dos Presidentes Sul-Americanos, nesta terça-feira (30).
O líder chileno, Gabriel Boric, disse que o que se passa na Venezuela é uma realidade séria e afirmou que não se pode fazer vista grossa. Ele ainda frisou que os Direitos Humanos devem ser respeitados independentemente da política e chamou a fala de Lula de “discrepante”.
Já o presidente uruguaio, Lacalle Pou, disse ter ficado surpreso com a fala do petista, embora não tenha citado diretamente o nome do chefe do Executivo brasileiro. Ele ainda se manifestou de forma contrária à criação de um organismo semelhante à Unasul, como defendem Brasil e Argentina; e pediu um basta a instituições, porque considerou que isso estimula clubes ideológicos.
Vera Magalhães classifica as críticas como duras, porém corretas; e destaca que elas vieram, inclusive, de líderes de esquerda - como é o caso de Boric. “Falas difíceis para Lula ouvir como anfitrião. Ele não gosta de questionamentos e prefere cultivar a imagem de ser uma unanimidade no plano internacional (...). Uma água tremenda no chopp do presidente brasileiro”, afirma.
A comentarista ainda conta que, internamente, Lula também colheu críticas de setores da esquerda que o apoia. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, e a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) foram alguns dos que se manifestaram contra as declarações. “As lideranças mais jovens da esquerda têm menos dificuldade de reconhecer que pode haver - e há - ditaduras dentro do campo socialista e de esquerda. É um problema quase geracional e que está ligado à história do PT (...), que tem a ver com a tendência de colocar todo mundo do mesmo campo sob um guarda-chuva de inimputabilidade”, observa Vera.
“As lideranças mais modernas não têm nenhum tipo de constrangimento em dizer: ‘Somos de esquerda, mas, nem por isso, vamos condescender com ditaduras neste campo’. Essa me parece uma visão de mundo que se adequa melhor às necessidades atuais. A questão democrática é um problema pro mundo e tem que ser levada a sério. Você não pode defender democracia e direitos humanos só quando está dentro do seu campo e fazer vista grossa para ditadores e violadores de direitos que se dizem de esquerda”, finaliza.
#NoArNaCBN #VivaVoz #VeraMagalhães #Lula #Venezuela #AméricadoSul #PolíticaInternacional
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