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Enxerto em Videira com Sergio Semerdjian
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São Paulo é uma cidade reconhecida por sua multiplicidade étnica e cultural. Japoneses, portugueses, italianos e descendentes de diversos outros países, principalmente da Europa e da Ásia, ajudaram a construir a identidade da maior cidade do Brasil. Por vezes, vemos essas histórias contadas em livros, filmes e exposições. No entanto, a comunidade armênia é uma das que não ganham esse destaque.
Registrar memória do povo armênio e narrar a vinda desses imigrantes ao Brasil foi o que levou a historiadora Sonia Maria de Freitas a mergulhar em um longo trabalho de pesquisa e produzir a obra ‘Presença Armênia em São Paulo: imigração, negócios, identidade, religião e interação social’, 11º livro publicado pela autora.
Ao longo de 236 páginas da publicação, o leitor encontrará depoimentos de descendentes armênios, centenas de fotos e documentos que relatam a chegada dos primeiros grupos de imigrantes em São Paulo, no início do século XX, na esperança de encontrar no Brasil uma oportunidade para recomeçar a vida. Nessa época, muitos armênios deixaram o país após o genocídio que matou mais de 1,5 milhão de pessoas entre 1915 e 1923.
A autora destaca este fato como um dos motivos que despertaram sua atenção para o povo armênio. “No ano 2000, no Museu da Imigração de São Paulo, tive contato com alguns sobreviventes do genocídio e a oportunidade de perceber essa força do povo armênio, que tem uma trajetória admirável de muita luta, trabalho e fé”, destaca a escritora.
O livro foi escrito a partir de vasta pesquisa em arquivos públicos e privados, entrevistas com armênios que vieram refugiados ao Brasil e também com seus descendentes, que mantiveram viva a cultura do país, incluindo as tradições religiosas, a língua, os costumes familiares e a culinária armênia.
Outro ponto de destaque da obra é o registro da trajetória que esse povo percorreu no último século, como a importância do bairro Presidente Altino, em Osasco, para a instalação da comunidade armênia na região e a sua participação no setor de calçados, que foi uma das principais fontes de renda de grande parte dos imigrantes, que chegaram ao país sem recursos financeiros.
“A pesquisa está muito bem documentada, inclusive com informações inéditas e com uma importante participação das famílias armênias, que foram personagens principais desta linda história que merece ser contada”, finaliza a autora.
Famílias armênias ajudaram na realização deste projeto
Desde o início da pesquisa até a publicação do livro passaram-se quase duas décadas. Sonia Freitas relata que durante esse tempo teve muito apoio de algumas famílias armênias, e não apenas nas entrevistas orais e por abrirem a porta de suas casas e compartilharem fotos, documentos e histórias, mas também financeiramente para cobrir os custos que envolvem a produção de um livro como este.
O empresário Sérgio Semerdjian, que é filho de armênios, foi o responsável pelo convite para que Sonia reunisse suas pesquisas e transformasse o que inicialmente era uma tese de doutorado em livro. Entusiasta de sua cultura, o descendente patrocinou a curadoria do livro e outros custos que oportuniz
Além da família de Sérgio, outras famílias armênias também colaboraram com a autora na coleta de dados e nos depoimentos, entre elas as famílias: Manissadjian, Rizkallah, kurdjian, Markossian, Burbulhan, Pamboukian, Kahvegian, Cumrian e Dichtchekenian.
Lançamento e vendas
A obra já tem dia e hora para ser lançada e contará com uma celebração especial. No dia 2 de novembro, das 15 às 19h00, será realizado o lançamento do livro no Clube Armênio, Rua Professor Ascendino Reis, 1450, Vila Clementino, em São Paulo.
O livro estará à venda no próprio Clube e em outras entidades da comunidade Armênia em São Paulo, além de ser comercializado pela internet.
Sonia Maria de Freitas é doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e atuou como pesquisadora e curadora no Museu da Imagem e do Som e no Museu da Imigração, em São Paulo. Há 25 anos, dedica-se ao tema dos imigrantes que se instalaram em São Paulo, sobretudo os portugueses.
Ao longo de sua carreira, publicou onze livros, muitos deles com a temática da imigração na cidade de São Paulo, entre eles a obra Presença portuguesa em São Paulo (Imprensa Oficial, 2006). Graças ao seu empenho em estudar e retratar a história de emigração dessas pessoas, foi agraciada com diversos prêmios e homenagens, entre eles homenagens da Câmara Municipal de São Paulo pela realização da exposição Memórias da imigração espanhola (1998) e pelos relevantes serviços prestados à comunidade portuguesa (2010), além do 30º Prêmio Clio de História, da Academia Paulistana de História, pela obra Presença Portuguesa em São Paulo (2007) e Prêmio Fundação Nacional de Literatura Infantil e Juvenil pela obra O café e a imigração (2004).
São Paulo é uma cidade reconhecida por sua multiplicidade étnica e cultural. Japoneses, portugueses, italianos e descendentes de diversos outros países, principalmente da Europa e da Ásia, ajudaram a construir a identidade da maior cidade do Brasil. Por vezes, vemos essas histórias contadas em livros, filmes e exposições. No entanto, a comunidade armênia é uma das que não ganham esse destaque.
Registrar memória do povo armênio e narrar a vinda desses imigrantes ao Brasil foi o que levou a historiadora Sonia Maria de Freitas a mergulhar em um longo trabalho de pesquisa e produzir a obra ‘Presença Armênia em São Paulo: imigração, negócios, identidade, religião e interação social’, 11º livro publicado pela autora.
Ao longo de 236 páginas da publicação, o leitor encontrará depoimentos de descendentes armênios, centenas de fotos e documentos que relatam a chegada dos primeiros grupos de imigrantes em São Paulo, no início do século XX, na esperança de encontrar no Brasil uma oportunidade para recomeçar a vida. Nessa época, muitos armênios deixaram o país após o genocídio que matou mais de 1,5 milhão de pessoas entre 1915 e 1923.
A autora destaca este fato como um dos motivos que despertaram sua atenção para o povo armênio. “No ano 2000, no Museu da Imigração de São Paulo, tive contato com alguns sobreviventes do genocídio e a oportunidade de perceber essa força do povo armênio, que tem uma trajetória admirável de muita luta, trabalho e fé”, destaca a escritora.
O livro foi escrito a partir de vasta pesquisa em arquivos públicos e privados, entrevistas com armênios que vieram refugiados ao Brasil e também com seus descendentes, que mantiveram viva a cultura do país, incluindo as tradições religiosas, a língua, os costumes familiares e a culinária armênia.
Outro ponto de destaque da obra é o registro da trajetória que esse povo percorreu no último século, como a importância do bairro Presidente Altino, em Osasco, para a instalação da comunidade armênia na região e a sua participação no setor de calçados, que foi uma das principais fontes de renda de grande parte dos imigrantes, que chegaram ao país sem recursos financeiros.
“A pesquisa está muito bem documentada, inclusive com informações inéditas e com uma importante participação das famílias armênias, que foram personagens principais desta linda história que merece ser contada”, finaliza a autora.
Famílias armênias ajudaram na realização deste projeto
Desde o início da pesquisa até a publicação do livro passaram-se quase duas décadas. Sonia Freitas relata que durante esse tempo teve muito apoio de algumas famílias armênias, e não apenas nas entrevistas orais e por abrirem a porta de suas casas e compartilharem fotos, documentos e histórias, mas também financeiramente para cobrir os custos que envolvem a produção de um livro como este.
O empresário Sérgio Semerdjian, que é filho de armênios, foi o responsável pelo convite para que Sonia reunisse suas pesquisas e transformasse o que inicialmente era uma tese de doutorado em livro. Entusiasta de sua cultura, o descendente patrocinou a curadoria do livro e outros custos que oportuniz
Além da família de Sérgio, outras famílias armênias também colaboraram com a autora na coleta de dados e nos depoimentos, entre elas as famílias: Manissadjian, Rizkallah, kurdjian, Markossian, Burbulhan, Pamboukian, Kahvegian, Cumrian e Dichtchekenian.
Lançamento e vendas
A obra já tem dia e hora para ser lançada e contará com uma celebração especial. No dia 2 de novembro, das 15 às 19h00, será realizado o lançamento do livro no Clube Armênio, Rua Professor Ascendino Reis, 1450, Vila Clementino, em São Paulo.
O livro estará à venda no próprio Clube e em outras entidades da comunidade Armênia em São Paulo, além de ser comercializado pela internet.
Sonia Maria de Freitas é doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e atuou como pesquisadora e curadora no Museu da Imagem e do Som e no Museu da Imigração, em São Paulo. Há 25 anos, dedica-se ao tema dos imigrantes que se instalaram em São Paulo, sobretudo os portugueses.
Ao longo de sua carreira, publicou onze livros, muitos deles com a temática da imigração na cidade de São Paulo, entre eles a obra Presença portuguesa em São Paulo (Imprensa Oficial, 2006). Graças ao seu empenho em estudar e retratar a história de emigração dessas pessoas, foi agraciada com diversos prêmios e homenagens, entre eles homenagens da Câmara Municipal de São Paulo pela realização da exposição Memórias da imigração espanhola (1998) e pelos relevantes serviços prestados à comunidade portuguesa (2010), além do 30º Prêmio Clio de História, da Academia Paulistana de História, pela obra Presença Portuguesa em São Paulo (2007) e Prêmio Fundação Nacional de Literatura Infantil e Juvenil pela obra O café e a imigração (2004).
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