É o povo cantando e dançando: sociodrama público em Istambul?

Espontaneamente, assim que ouviu a música, ela começou a dançar. Caiu, se levantou com a ajuda da mãe, e não desistiu. Separadamente, moças e rapazes começaram a aderir, como se fosse uma ciranda no centro do Recife. Mas não, a cena se passa mesmo na Turquia, numa praça central de Istambul, sábado à tarde. O próprio criador do psicodrama, Jacob Levy Moreno, cujo pai era turco, chegou a passar por lá, no início da adolescência. Décadas depois, já nos Estados Unidos, ao construir seu método, formulou como variantes tanto a “psicomúsica, síntese de música espontânea com psicodrama”, quanto a “psicodança, síntese da dança espontânea” com o mesmo método. (do meu livro “Moreno, o Mestre”, p. 288). Já quanto a essa manifestação pública ser ou não sociodramática, não me pareceu que tenha sido o caso. Mas que houve em público expressões autênticas de espontaneidade, não tenho dúvida. Basta observar, logo no início do vídeo, o entusiasmado desempenho da menina, com o apoio da mãe, verdadeiro “ego auxiliar”.

Aliás, este é o último da série de vídeos que gravei, retratando uns poucos aspectos da cultura turca, durante o período curto em que estive por lá, dois anos atrás. Quem ainda não viu algum dos outros três pode dar clicar num desses links aqui:

Bom proveito e ótimo fim de semana!