O que está acontecendo com o Catarse | Escrevendo Quadrinhos

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ESCREVENDO QUADRINHOS

O perfil do Catarse está mudando. É importante entendermos o panorama geral da plataforma para sabermos nosso lugar e sabermos como nos comportar para acompanhar essas mudanças.

Afinal de contas, elas são boas ou ruins?

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LINKS DESSE VÍDEO:

O que é gentrificação:

Vídeo sobre o futuro do catarse:

Vídeo sobre as mudanças no Instagram:

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Комментарии
Автор

A relação entre o Catarse, os leitores, as editoras e os quadrinistas está mudando.

Isso é bom ou ruim? Talvez um pouco dos dois...

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RaphaCPinheiro
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Excelente vídeo. Acho que os próprios independentes estão se canibalizando: graças a CCXP, TODO MUNDO lança projeto na mesma época! Sério, meu Twitter/Facebook está inundado de projetos da galera que quer lançar gibi no fim do ano. Não tem mercado pra absorver todo esse material, o que significa que muitos vão ficar pelo meio do caminho, ou vão ter que pagar do próprio bolso pra publicar seus projetos. Falta um pouco de planejamento da parte desse pessoal. E como se a concorrência entre eles já não fosse feroz, ainda aparecem as médias/grandes editores pra embaçar o meio de campo. Enfim, vai ser preciso pensar em novas formas de se autopublicar que não passem pelo Catarse.

canalcomixzone
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Parabéns, Rapha. Linha do tempo e análise perfeita sobre o catarse!

brads
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Ótima análise. Tem também a questão de que a plataforma deveria servir para expor seu projeto para o usuário que "passava" pra ver "o que tem". Com a inflação de projetos megas, e pela lógica de otimizar o resultado, os projetos pequenos desaparecem na página do Catarse. Só vê quem já foi com o link.

migmendesreis
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É bom lembrar que na época que o financiamento coletivo nasceu no Brasil, a idéia era trazer bandas internacionais que eramos fãs, trazer eventos que não chegariam nas cidades pequenas.
As produções independentes entraram à reboque.
Os livros e quadrinhos surfaram na independência por muito tempo. Até achei que demoraram para perceber a validação do mercado.
Entendo e concordo com as observações da parte ruim para os independentes, mas isso só mostra que a visão de não querer ganhar dinheiro e viver dos quadrinhos é prejudicial para o próprio independente, pois obriga a todo o ecossistema a ter o mesmo perfil. Falo aqui diretamente no caso da plataforma Catarse. Como ela é um negócio, a tendência é de se desenvolver e ampliar atuações, pois quem não cresce atrofia e morre.
É justo... vale a discussão.
É igualitário....com certeza não... mas a final estamos em um país capitalista.

ValuStudios
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Acho bem válida essa discussão. Eu tenho notado que, talvez por conta da crise financeira e editorial em que estamos vivendo, o público consumidor tem diminuído cada vez mais. Seja porque as pessoas estão sem dinheiro ou seja porque as distribuidoras, bancas e lojas estão falindo, o fato é que a cada dia o público com o qual as editoras conseguem trabalhar se reduz mais e mais. E o que eu tenho notado é que, ao invés de tentar recuperar ou aumentar o o número de leitores, as editoras estão focando em explorar cada vez mais o nicho do nicho. Não que seja algo errado, mas é bizarro o tanto de material de luxo que tem saído no lugar de materiais mais populares. De forma rude, é como se trocasse "10 leitores que pagariam 10 reais cada um numa HQ" por apenas "um leitor que paga 100 reais pela obra de capa dura".

Aí quando você pensa no Catarse, é uma plataforma mais "intimista", mais individual, no sentido de que é o AUTOR ali chamando seus leitores para, juntos, construírem algo. Quer mais "nicho do nicho" do que isso? Então naturalmente vira um ambiente propício de exploração nessa nova postura das editoras. Some isso ao fato de que os 13% do Catarse é MUITO barato dentro do mercado editorial. Distribuidora+livraria cobram de 40% até 75% de consignação. E NÃO VENDEM! Ou vendem e não pagam, porque estão falidos! No Catarse vende, vende muito, vende pra um público mega específico que está disposto a pagar caro pelos produtos e a taxa é de apenas 13%.


Mas pro autor isso não é nem um pouco interessante. Porque numa livraria o nome da editora tem peso, mas no Catarse, assim como numa mesa de evento, é o autor que faz vender. Só que com editora o autor ganha só 10% (O AUTOR GANHA MENOS QUE A PLATAFORMA) e se ele lançar a coisa de maneira independente ele pode pegar esses 100% bruto e contratar uma empresa de logística se precisar. Enfim, de fato, pro autor independente não lhe restam alternativas se não a profissionalização; pras editoras, essa migração pro financiamento coletivo me parece um ato de desespero. Ou não.

Yoshiitice
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É uma discussão bem interessante. Ao mesmo tempo em que também acho bizarro também esses casos citados, entendo-os como um pouco fora da curva. O da Aleph até apoiei, e acho válido usar o Catarse porque é algo muito caro que realmente só seria viável se fosse garantido que comprassem. Já houveram projetos de super luxo assim antes, como uma edição especial de um livro com bastidores dos livros de Game of Thrones saindo por 600 reais no lançamento, que ontem eu achei por 40 reais na Feira Pan-Amazônica do Livro, aqui em Belém, imagino que tenha sido um fracasso total. O de Tormenta foi louco demais porque ele era bem padrão independente mesmo, e nem os caras que organizaram esperavam tanto sucesso hehe o Nerdcast com eles tá bem legal. Enfim, acho muito válido pelo que falaste, o autor independente tem sim que se profissionalizar em termos de como tratar o público e ter noções de marketing digital, já que muitos artistas se divulgam principalmente pelo instagram, pra mim isso é positivo. Agora o que acho meio torpe é editoras tipo Mythos, que tá no Top 3 maiores do país, ficar fazendo campanha pros seus gibis. Tão ridículo quanto se a Panini resolvesse lançar algo pela plataforma. O assunto rende pois acaba não tendo resposta realmente, há pontos positivos e negativos nesse panorama atual. O autor independente hoje em dia não é mais conhecido só na sua cidade, por exemplo, almeja-se uma projeção nacional e lançar o gibi na CCXP e tal, então levar o trampo mais a sério se torna muito necessário.

marco.nascimento
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Não sei muito bem sobre a área de quadrinhos, mas sobre os projetos voltados para autores de contos acho que o catarse e as editoras independentes tem gerado boas oportunidades. Por exemplo, antigamente o que era mais comum era que as editoras independentes lançassem algum edital para seleção de contos e que cada autor selecionado contribuísse obrigatoriamente com um valor determinado para custo de produção do livro. Assim, cada autor tinha que pagar algo entre 140 e 450 rais (me baseando nos que já vi) para que o livro fosse produzido e esse autor recebia em troca uma quantidade de exemplares mais ou menos correspondente ao valor que ele pagou. Para quem já tem algum público, amigos ou familiares para vender esses exemplares é ótimo pq dá pra recuperar o dinheiro, mas tem autores que não tem ninguém pra quem repassar e os poucos que até tem interesse nem sempre tem condições para comprar os livros. Então acaba que muita gente deixa de participar da seleção por não ter como pagar por parte desse "financiamento". Com isso a quantidade de contos enviados diminui o que afeta a qualidade da obra por inteiro. Acaba que o que mais contribui para o autor ser selecionado é a condição financeira dele e não a qualidade do que foi escrito. Com o catarse muitas editoras independentes passaram a não determinar um valor a ser pago por cada autor, ao invés disso pedem que os autores ajudem na divulgação e contribuam como puderem e caso o projeto seja financiado os autores ainda recebem um ou dois exemplares independente de terem contribuído ou não com o projeto.

rodrigoreisdt
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Ainda não lancei o meu projeto lá, mas venho observando a plataforma há algum tempo, e percebi isso também. Não entendo o que nomes já consagrados e editoras estão fazendo lá. É uma PUTA FALTA DE VERGONHA NA CARA. Pra eu contratar o serviço de um editor, nem tenho dinheiro. E o pior: são as mesmas pessoas que ficam falando sobre "fortalecer o mercado nacional", e reclamam ao mesmo tempo que "não está dando pra viver disso". A real é que estamos cada vez mais sem ter pra onde correr. E fora que tem uma panelinha, SIM, e que também fala e fala sobre "criar oportunidades", mas quando alguem da panelona (p nao é panelinha, é panelona), lança qualquer coisa, as próprias editoras obviamente se interessam mais pelo projeto desses caras. ESSA FALÁCIA DO "MERCADO BRASILEIRO", da forma como está, causa um desânimo enorme.

manifesttus
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Concordo plenamente com você e acredito que não tem volta. Estou muito decepcionado com o Catarse principalmente com relação aos casos de projetos que não foram entregues, acredite isso disparou do ano passado para cá. Vejo e escuto várias pessoas reclamando e comigo mesmo tens uns 4 projetos que já fizeram aniversário e até hoje não recebi. O Catarse só está pensando no dinheiro e pior, quando o projeto não é entregue o catarse não te reembolsa nem mesmo os 13% que eles levam. Hora, se o projeto não foi entregue o Catarse deveria devolver a sua parte para quem financiou. Afinal, uma relação financeira foi criada entre apoiadores e produtores e o Catarse como intermediário deveria sim ser co-responsável pelo projeto, pois eles vinculam, eles recebem a grana e não liberam até o sucesso da campanha. E ao final se eximem de qualquer responsabilidade? Acho que os artistas independentes (autônomos) devem se unir para discutir outras maneiras de realizar os seus projetos e pensar numa solução para sair desse cerco atual (que está se fechando) de Eventos, Crowdfunding e Editoras. Não podemos perder a cena atual e deixar que aconteça como no passado em que os artistas perderam o espaço e entramos no ostracismo do mercado.

renatomirre
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Baita vídeo Rapha...dalhee meu querido!

pikachubdl
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seu canal e perfeito, e bom ouvir voce falar sobre quadrinhos

shiru
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Ótimo vídeo, o link que você com o processo de gentrificação é super pertinente, já que com a crise editorial era só uma questão de tempo até elas usarem o catarse cada vez mais, quanto possíveis soluções para os independentes acho que o autor tem que não apenas criar uma maior aproximação com seu público mais de fato gerar um fanbase de seus títulos para que ele consiga autonomia dessas plataformas, o pior é que nem dá para acusar o catarse de uma perda de identidade, já que ele nunca teve como objetivo em si promover e defender a produção independente, mas sim tinham como foco o lucro em si.

bruno
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Muito bom vídeo, Rapha! Tenho visto muitos projetos no Catarse que tem essa cara mesmo, parece que estão optando por lançar sem riscos. Só não sei se concordo com os casos da Aleph e da Jambô, que fizeram muito sucesso... Pra mim, esses dois casos são de projetos especiais que não sairiam de outra forma, por conta de custos bem altos de produção. O 2001 já havia saído em outras versões e Tormenta era um projeto comemorativo. Mas tem muito projeto que não faz sentido estar no Catarse.

pedrofaria
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Análise interessante mas isso já acontece faz muito tempo no Kickstarter, exemplo disso é a CMON que todo ano lança um X de projetos e ganha grana pra caramba na plataforma e com a venda dos direitos para publicação em outras línguas, e no meio disso temos projetos que fazem mais grana dentro do universo de boardgames que a CMON e são menores.

Último projeto da CMON: $1, 492, 714

Campanha do Kingdom Death: Monster 1.5: $12, 393, 139

Minha ideia é que temos muitas pessoas com muitos projetos bons e ruins e os grandes conseguirão bater as metas de quase tudo que eles venderem, independente da qualidade, os pequenos se não souberem se virar serão sufocados.

jekyllehyde
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Ótimo vídeo. Rapha, vc não acha que o futuro é que as editoras independentes acabem assumindo essa curadoria que o próprio catarse tinha antigamente de verificar se o material/projeto vale a pena adota-lo e seguir em frente? Pq de todo modo as editoras independentes já tem um certo público que confia no material e no trabalho delas, então acaba sendo menos arriscado para quem apoia o projeto do que investir em algo sob responsabilidade de um autor desconhecido que pode acabar nem cumprindo com os prazos para envio e não dando nenhum tipo de satisfação sobre o atraso etc

rodrigoreisdt
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Após toda sua explanação, estou percebendo o Catarse como uma "grande livraria", porque o comprador vai até a plataforma, ele vai gastar uma valor e vai escolher dentre os projetos quais ele vai apoiar naquele mês/bimestre/semestre (sei lá) e essa pessoa não vai ter paciência para garimpar até o fim da lista. Muitos levam em conta a quantidade de tempo x valor do projeto, para saber se vale à pena comprar ou não. Sabemos que o dinheiro volta, mas essa equação é importante para o comprador - agora voltando à analogia - essa lista é como os ponto de venda no corredor da livraria, que são ocupados por aqueles que tem mais chance de serem vendidos, afinal a loja quer "vender os produtos" - o algoritmo faz o papel do repositor/atendente.

22:53 - O título faz jus ao vídeo... rs

Az
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Boa discussão.
Sou defensor do livre mercado e se o Catarse está menos interessante para os independentes e iniciantes, que bom que o mercado segue livre para que outros, ou nós mesmos, possamos criar outra plataforma que abrigue os independentes, afinal de contas é um nicho que anda carente.
Por outro lado, esta evolução do Catarse leva o mercado de HQs nacional e se profissionalizar mais.
Tanto quadrinistas quanto editoras pequenas e médias começam a aprender a divulgar melhor e vender melhor suas publicações ao público, num modelo mais ativo do que simplesmente confiar em uma distribuição bacana que vai colocar o livro nas melhores livrarias e assim ele será vendido naturalmente.
As livrarias estão passando aperto e não são mais um meio de venda muito atrativo, principalmente para publicações pequenas, então o catarse se torna uma boa alternativa, mas é preciso de fato atrair os leitores.
Isso forma público, isso acaba atraindo mais gente para o Catarse e consequentemente para algumas obras independentes que lá existem.
Na minha campanha eu percebi que, por incrível que pareça, muita gente ainda desconhece por completo o Catarse e o crowdfund por completo. Alguns já tinham ouvido falar mas nunca tinham entrado num site de crowdfund.
Muitas provavelmente só entraram para ajudar naquele projeto, mas algumas acabam voltando e buscando mais coisas no site, ou da próxima vez que ouvirem alguém divulgando o projeto de crowdfund, já não serão relutantes em ajudar.
Ao meu ver o problema do crowdfund no Brasil é que os outros sites que existem hoje não são bem geridos.
Fora o Benfeitoria que é focado em projetos sociais, os demais têm aspecto de sites abandonados ou, como o Vaquinha, não se prestam a muita coisa além de caridade.
Seria bom ver outra plataforma no nível do Catarse pra ter uma competição bacana, o que poderia baixar o percentual cobrado ou mesmo melhora a qualidade do serviço.
O Catarse possui uma página de divulgação no Facebook, mas eles não divulgam quase nenhum projeto por lá. Fazem uma postagem por semana ou algo assim.
Acho que se eles melhorassem essaparte da divulgação dos projetos que estão ocorrendo no site, talvez criando um portal de notícias exclusivo, eles atrairiam muito mais público e todos sairiam ganhando.
Atualmente eles estão bem passivos contando com a publicidade gratúita que os proponentes acabam sendo obrigados a fazer para arrecadar a grana.
Então, duas dicas de investimento:
- Criar um crowdfund mais focado em independentes.
- Criar uma plataforma de divulgação para este crowdfund.
Quanto custa isso?

Não sei, mas estou disposto a ajudar quem tiver o know how de desenvolvimento para fazer isso acontecer.

cafezal
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Gostei bastante do seu video! Na minha opinião, acho sim que todos os independentes devem ter assistência de profissionais para melhor apresentar seus trabalhos, ou demonstrar que têm essa capacidade sem ajuda, pois já vi muitos projetos onde as pessoas nem tinham noção do que estavam fazendo! Quanto mais profissional o projeto ser (ou parecer), melhor chance de atrair um colaborador.


Agora, quanto às editoras se incluírem no catarse, também não acho errado. Acredito, inclusive, que os independentes deveriam procurar mais as editoras justamente para aprender como o processo funciona pra diminuir os casos de entrega muito fora do prazo ou até não entregarem! De que adianta fazer um trabalho tão bonito se não consegue dar conta da logística de produção e envio? (Claro, também sei de outros casos onde editoras/empresas também não cumpriram suas entregas).


A veia da independência de produção surgiu com essas plataformas de financiamento e vi muitos independentes se regozijando por não precisarem de editoras! Até aí, tudo bem, acredito que seja péssimo tomar tanta porta na cara, mas vivemos outro momento hoje em dia e acredito que a união de ambos, nem que seja pra uma consultoria, o autor independente deveria sim cogitar parcerias.

kronsjdr
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Passei muitos e muitos anos distante dos quadrinhos.
Voltei a me interessar por quadrinhos depois de adulto quando, há pouco tempo, vi numa feira algumas HQs que normalmente (suponho) seriam caras sendo vendidas a baixíssimo custo.


Meu foco não é mais ir em busca de super-herói. Meu foco é ir em busca de HQs que suponho ser arte mesmo. Não vou em busca de personagens que vi na TV ou no cinema, por exemplo, a não ser em casos especiais. E essa suposta "arte mesmo" de que falo, imagino eu, talvez seja mais fácil de encontrar no cenário independente. Não que não haja em outros cenários, mas enfim...


Acho que nunca li uma HQ independente, mas já colhi informações interessantes na Internet (resenhas, sinopses, capas etc.). Espero ter te motivado ao me apresentar como público em potencial.

davidf
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