OS PERIGOS DA CULTURA POP! Mas afinal: o que é Cultura Pop?

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Todos falam de Cultura Pop. Filme da Marvel, Animê, evento Nerd/Geek. Tudo isso é chamado de Cultura Pop. Mas, afinal, o que é Cultura Pop? Explico no vídeo o surgimento da ideia de "Cultura Pop", e o que isso tem a ver com cultura popular, cultura de massa, indústria cultural e Pop Art. Já no fim acabo me exaltando numa crítica à Cultura Pop.

Edição: Cauby Monteiro

#CulturaPop #nerdgeek #IndústriaCultural
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QuadrinhosNaSarjeta
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Uma coisa que acho que deve ser discutida também é o papel da rotina capitalista nessa brincadeira. Por exemplo, pra você fazer uma leitura de qualidade de um material de qualidade você precisa de tempo, algo praticamente escasso pro trabalhador médio brasileiro, ainda mais considerando pessoas constantemente cansadas após infindos subsequentes dias extenuantes de trabalho. É quase como se o consumidor fosse encurralado pelo consumo e pela mediocridade: é bem mais fácil consumir produtos enlatados e mesmo aqueles que tem algo a ser discutido não vão gerar as reflexões necessárias, pois a leitura e a interpretação são pobres, deixando o consumidor pronto pra já comprar mais um ingresso ou mais um livro. Infelizmente é algo que acho que todo mundo acaba sofrendo em algum grau

gabrielelias
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Cara, durante a minha infância eu consumi bem menos conteúdos do que consumo hoje, seja de video games, filmes ou quadrinhos. Mas naquela época eu tirava proveito de cada obra que eu assistia, tentando a aproveitar o máximo possível de cada coisa. Até de filmes ruins isso acontecia kk. Mas hoje em dia, tendo uma biblioteca imensa de coisas pra ver, ler e jogar, eu sinto que agora ser Nerd é como comer e que cada obra é um pacote de salgadinhos. E isso tá me fazendo perder o gosto pelas coisas que antes me animavam. Pra vocês terem uma ideia eu nem acompanho mais a Marvel direito. Antes cada filme era como um evento, agora parece que tá tudo sendo produzido em massa, como latas de sardinha( isso foi bem específico hehe).

danielmistieri
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A metade final do vídeo fez eu me lembrar de muitas ocasiões onde eu fui ridicularizado por pessoas na internet, pelo "crime" de tentar analisar e discutir algum anime/filme/serie/etc, em vez de só assistir e partir pra próxima sem refletir nem por um segundo sobre o que eu acabei de ver. Vc é basicamente escrachado hoje em dia se não tiver uma mente vazia.

amurat
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"É pegar essa experiência tão rica que a gente pode ter com cinema, literatura, quadrinhos, música, sei lá, e reduzir isso a... consumo." . Faltou aí notícia na lista. Canais de notícia se tornaram plataformas de vendas de quem pagar mais pelo espaço.

m.guedes
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Cara, pegou bem no meu calo, um dia desses passei a noite INTEIRA vendo aqueles "shorts" do yt. Não houve benefício, não havia conteúdo, havia apenas videos curtos de 15 segundos sendo consumidos como droga, das 10 da noite às 7 da manhã. Estou tentando parar de fumar e de consumir aquele tipo de conteúdo e vou dizer: não sei qual é mais difícil de se livrar. Excelente canal e conteúdo!

felipebarbosa
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A vida ''moderna'' virou uma não vida, onde na maioria das vezes as coisas se tornam rapidamente absoletas, somos levados a não ter mais nada com profundidade, as armadilhas do consumismo e dos lucros impedem.

josemauricioalvarenga
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Além disso, música sertaneja está diretamente ligada ao agronegócio

hansmullercetto
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As redes sociais também aumentaram a necessidade de consumir sem parar, porque vejo que as pessoas querem ver o "filme do momento", a "série da hora", pra poder conversar sobre o assunto em voga nas redes sociais. E poucos parecem olhar para filmes, séries, livros, quadrinhos, que não estão na "agenda cultural" das redes. Tem também a questão da orientação dos "influencers", os formadores de opinião. Quando eu era criança e adolescente, escolhia livros na biblioteca ou no sebo lendo sinopses nas capas, ou tendo ouvido falar vagamente, ou por alguma adaptação cinematográfica. Hoje as pessoas fazem suas "listas de leitura" baseados no que os influencers estão indicando. Curadoria é algo interessante, mas como o objetivo da maioria dos influenciers é GANHAR PATROCÍNIO isso é tão "educativo" quanto o jabá do agronegócio pra promover música de sertanejo no spotify, nas rádios e no youtube.

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Cultura pop = mercado, cultura de massa, reprodutibilidade, efemeridade, consumo.
Cultura popular = folklore, tradição, memória, historicidade, reflexão.

ele.piteralmente
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Um aspecto da cultura pop que sempre me chamou a atenção, em termos analíticos, para além de sua pobreza, é seu aspecto de condicionamento. Adorno vituperava bastante contra o Jazz (em textos até hoje não muito bem compreendidos) pelo fato dele condicionar o ouvinte a uma certa escala de acordes que, estruturalmente, gerava composições semelhantes. Se pensarmos nas estruturas de muitos produtos da cultura pop (do cinema, por exemplo), veremos como as mesmas estruturas se repetem “ad infinitum”, naturalizando noções de construção como estrutura em atos e jornada do herói que são opções possíveis a um grau de única possibilidade disponível… Isso torna qualquer obra calcada em outros princípios tediosa ou, ainda pior, praticamente “invisível”. É só pensar em quantos filmes realmente diferentes estão disponíveis nas cartelas dos serviços de streaming.

alcebiadesdiniz
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Muito ansioso. Há uma entrevista de Alan Moore online onde ele faz várias críticas à cultura mainstream, especialmente ao quão mais pobre tem ficado ao longo do tempo. Muito curioso para ver a sua perspectiva e as críticas que irá fazer.

ajfribe
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Alexandre, sou professor de história e comecei a assistir seus vídeos a pouco mais de um mês. N consigo parar.

A filosofia e os debates por trás desses temas q consideramos POP ( falar de heróis e quadrinhos) me ajudou muito a perceber o meu preconceito com essas obras, subestima-las. Resultado, me viciei no teu conteúdo.

Como professor, assistir seus vídeos são como ter uma aula. Comprei Maus, Berlim e já estou garimpando outros títulos que você ainda n mostrou, mas vez ou outra paro o vídeo pra reparar nas suas estantes e completar minha biblioteca.

Mais um vez a discussão do consumo e do alto indice de propaganda
(até mesmo nos conteúdos mais educativos) se mostram MUITO evidentes. Cada vídeo, como vc mesmo falou, se torna "uma propaganda atrás da outra": análise de filmes, Reviews, reacts... É difícil fugir, mas é importante pensar.

Enfim, muito obrigado, professor!

PedroLopes-kdef
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Um exemplo muito interessante e recente de consumo sem crítica/cultura de massa é o que aconteceu com a música Running Up That Hill (A Deal With God) da Kate Bush por conta de Stranger Things. Kate Bush produz arte com consciência, tanto que influencia quase todo artista indie e algumas divas pops, ela nunca foi muito mainstream como alguns dos seus contemporâneos, no entanto sua relação única com a arte que produz influencia outros artistas. Engraçado e dicotômico uma série que é puro suco de nostalgia mainstream jogou a mulher lá pra cima e principalmente por uma geração que, até agora, não mostra sinais de consumo crítico.

dieles
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Um texto que pra mim sintetiza bastante a indústria cultural e a obra de arte da era da reprodutibilidade técnica de Walter Benjamin (que inclusive foi encontrado no armário de adorno nos anos 70 bem depois da morte de Benjamin) onde ele fala que a obra de arte perde sua essência após ser reproduzida em massa e ao mesmo tempo o cinema por exemplo ganha importância uma vez que ocupa o tempo da pessoa enquanto ela não trabalha e cria referências estéticas e de produtos a serem adquiridos quase que gerando uma extensão do filme na realidade.

rafaelmiranda
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Ótima reflexão! O q vemos mto por este youtube de meudeus tbm são "críticos" que se limitam o tempo todo a contar um resumo da hq e chamar esse de "análise", seguida claro do link p aquisição da hq. Acho q é por isso q seu canal faz sucesso, não conheço nenhum outro q realmente analisa as obras. Parabéns!

raquelaraujo
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Gosto desse canal muito por conta disso, as reflexões vindas daquilo que se é consumido ou visto, tava precisando sair dessa "corrida de consumo" que não leva a lugar nenhum.

Muito pertinente essa questão. Tenho pensado muito a respeito de como tudo que teroricamente é pra adicionar, está lá como uma espécie de "copo meio vazio" que precisa sempre ser consumido, existindo apenas para ser alcançado e nada mais. Uma era em que a cultura é relativamente facilitada, mas a ânsia por consumir tudo acaba com o prazer e com a edificação de presenciá-la.

Como também é interessante perceber o quanto tentativas disruptivas acabam por ser/serem vistas como elitistas, inflamando o ego de quem realmente contempla aquilo que alcança e não partilhando a mesma vivência com outras pessoas.

Enfim, tentando não viver a lógica do: "Ninguém lê tudo o que coleciona".

pedroaugusto
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Me lembrei agora do filme/ campanha publicitária do anime Odd Táxi. Ao invés de simplesmente anunciar a exibição da série em cinemas selecionados eles vão trazer uma espécie de documentário que conta indiretamente a história da perspectiva de vários personagens sendo entrevistados para falar dos eventos que ocorreram na série.

luizfelipeurbietarego
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Pra falar a verdade eu só gosto mesmo é da nostalgia, aquelas bugigangas dos anos 80 e 90 da um quentinho no coração e corre uma lágrima no rosto, lembra de quando a gente era tão feliz, ver e lembrar dessas coisas traz de volta essa felicidade por alguns minutos, de qualquer forma a sua análise foi brilhante, entendi tudo e já printei os livros pra mim procurar e lê, obrigado pelo seu esclarecimento.

ricardocosta
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Eu acredito muito que o termo "cultura pop" entra em desuso apartir da criação dos smartphones. Gosto da tese do filoso sul coreano byung chul han que vai tratar do tema da "hiperculturalidade" onde se vê e ouve tudo, de todos os lugares do mundo, ao mesmo tempo. A cultura pop tá mais relacionada a um certo poder de monopolizar a cultura, o que faz todo sentido pra indústria cultural do século xx. Mas agora meio que não tem mais como "controlar" ou ditar uma cultura pop pois os algoritmos estão literalente cagando pro que o público vai consumir. Ele simplesmente dispara mais e mais ruído com a intenção de deixar o consumidor preso no app em questão. E isso se mostra real pra nas redes sociais, o tiktok por exemplo. Que vai de conteúdo nazi fascista, a grupos de adolescentes suicidas praticando shifting( é sério pesquisem sobre esse termo, é um mar de merda sem tamanho) a militantes comunistas fazendo um puta trabalho de base.

gumaboy.
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