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Lava Jato - Entenda Os Ataques à Operação Lava Jato e ao Juiz Sérgio Moro - Espalhe Este Vídeo!
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Lava Jato - Entenda Os Ataques que a Operação Lava Jato e o Juiz Sérgio Moro Estão Sofrendo. Minutagem (clique nos tempos):
- A Fala de Deltan Dallagnol: 0:10s
- O Que é, Como Nasceu e Como Funciona a Lava Jato: 0:50s
- Uma Crítica Contundente À Operação Lava Jato: 25:10s
- A Resposta do Juiz Sérgio Moro: 44:25s
- O Comentário de Reinaldo Azevedo: 47:40s
- O Apoio de Marco Antonio Villa: 48:55s
- A Análise de Mario Sabino e Diogo Mainardi: 53:10s
- Síntese da Semana por Josias de Souza: 54:30s
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O juiz João Ricardo dos Santos Costa, presidente da AMB, disse à Veja que a Lava Jato "é mais que um processo de combate à corrupção".
"É um processo que repagina nosso sistema político e econômico e expõe o DNA do nosso subdesenvolvimento. Não era só propina. Era um modelo de apropriação do Estado por políticos e empresas."
Ele alerta para os projetos de anistia do caixa 2 e defende o fim do foro privilegiado, a prisão após condenação em segunda instância e a colaboração premiada.
"Não temos de dar nenhuma anistia. Temos de punir mais. Defendemos não só a criminalização do caixa dois como também do enriquecimento ilícito. Estamos cheios de histórias de homens públicos que só viveram da política e estão riquíssimos."
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Trechos da Entrevista do Juiz Sérgio Moro ao Estadão em 06/11/2016:
Dois anos e meio após ser deflagrada a Operação Lava Jato, maior escândalo de corrupção do Brasil, o juiz federal Sérgio Moro deu sua primeira entrevista ao Estadão.
Estado – Como o senhor lida com o culto à figura pública do juiz Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato?
Sérgio Fernando Moro – Vejo que existe essa operação, que é muito grande e tem diversos agentes públicos envolvidos, Ministério Público, Polícia Federal, Receita, Justiça, das várias instâncias. E como, pelo menos na Justiça, há um único juiz na primeira instância – agora tem mais, mas no começo era um único juiz -, isso me deixou mais em evidência.
As pessoas, às vezes, fazem uma identificação da operação com a figura do juiz, o que não é totalmente correta. Isso tem gerado grande atenção e as pessoas, em geral, são generosas. Tento ser simpático e retribuir as gentilezas. Evidente que esse assédio, às vezes, é um pouco cansativo, mas também faz parte.
O apoio da opinião pública, realmente, tem sido essencial nesse caso. Mas tudo é passageiro, não é? Tem um velho ditado do latim que diz sic transit gloria mundi, basicamente ‘a glória mundana é passageira’. Vejo com naturalidade que, em um momento, isso esvanece.
Estado – O Brasil está mudando?
Moro – As pessoas precisam acreditar nas instituições. Claro que as instituições têm que fazer a parte delas. Durante muito tempo, por vários motivos, havia essa percepção de que a Justiça não funcionava bem em relação a crimes praticados por pessoas poderosas. Por diversos fatores, a investigação desses crimes é difícil, o processo é lento. Talvez as coisas estejam mudando. Talvez um pouco prematuro para se afirmar isso. Mas, o próprio caso julgado pelo Supremo Tribunal Federal, da Ação Penal 470 (processo do Mensalão, julgado em 2012), tenha sido o estopim inicial para mudar essa percepção.
Estado – O sr. confia na Justiça?
Moro – Pior do que o juiz que não acredita na Justiça, é o padre que não acredita em Deus. Temos que confiar na Justiça. Agora, a Justiça é algo que se constrói no dia a dia, com os processos, não é uma coisa dada. Assim como a democracia. A democracia não é uma coisa que cai do céu. Precisamos construir e trabalhar as nossas instituições.
Estado – O que o chocou mais na Lava Jato?
Moro – A própria dimensão dos fatos. Eu tenho falado que a corrupção existe em qualquer lugar do mundo. Considerando os casos já julgados aqui, o que nós vimos foi um caso de corrupção sistêmica, corrupção como uma espécie de regra do jogo. O que mais me chamou a atenção, talvez tenha sido uma quase naturalização da prática da corrupção. Empresários pagavam como uma prática habitual e agentes públicos recebiam como se fosse algo também natural. Isso foi bastante perturbador.
Ilustrativamente, também a constatação, e aí me refiro a casos que já foram julgados, de que algumas pessoas que haviam sido condenadas na ação penal 470 persistiam recebendo propinas nesse outro esquema criminoso na Petrobrás. Inclusive, durante o julgamento pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, a demonstrar que a pessoa está sendo julgada pelo Supremo e sequer aquilo teve efeito preventivo para deixar de receber propinas. Foi uma coisa bastante perturbadora.
#moro
#segiomoro
#lavajato
#EuQuero10Medidas
- A Fala de Deltan Dallagnol: 0:10s
- O Que é, Como Nasceu e Como Funciona a Lava Jato: 0:50s
- Uma Crítica Contundente À Operação Lava Jato: 25:10s
- A Resposta do Juiz Sérgio Moro: 44:25s
- O Comentário de Reinaldo Azevedo: 47:40s
- O Apoio de Marco Antonio Villa: 48:55s
- A Análise de Mario Sabino e Diogo Mainardi: 53:10s
- Síntese da Semana por Josias de Souza: 54:30s
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O juiz João Ricardo dos Santos Costa, presidente da AMB, disse à Veja que a Lava Jato "é mais que um processo de combate à corrupção".
"É um processo que repagina nosso sistema político e econômico e expõe o DNA do nosso subdesenvolvimento. Não era só propina. Era um modelo de apropriação do Estado por políticos e empresas."
Ele alerta para os projetos de anistia do caixa 2 e defende o fim do foro privilegiado, a prisão após condenação em segunda instância e a colaboração premiada.
"Não temos de dar nenhuma anistia. Temos de punir mais. Defendemos não só a criminalização do caixa dois como também do enriquecimento ilícito. Estamos cheios de histórias de homens públicos que só viveram da política e estão riquíssimos."
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Trechos da Entrevista do Juiz Sérgio Moro ao Estadão em 06/11/2016:
Dois anos e meio após ser deflagrada a Operação Lava Jato, maior escândalo de corrupção do Brasil, o juiz federal Sérgio Moro deu sua primeira entrevista ao Estadão.
Estado – Como o senhor lida com o culto à figura pública do juiz Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato?
Sérgio Fernando Moro – Vejo que existe essa operação, que é muito grande e tem diversos agentes públicos envolvidos, Ministério Público, Polícia Federal, Receita, Justiça, das várias instâncias. E como, pelo menos na Justiça, há um único juiz na primeira instância – agora tem mais, mas no começo era um único juiz -, isso me deixou mais em evidência.
As pessoas, às vezes, fazem uma identificação da operação com a figura do juiz, o que não é totalmente correta. Isso tem gerado grande atenção e as pessoas, em geral, são generosas. Tento ser simpático e retribuir as gentilezas. Evidente que esse assédio, às vezes, é um pouco cansativo, mas também faz parte.
O apoio da opinião pública, realmente, tem sido essencial nesse caso. Mas tudo é passageiro, não é? Tem um velho ditado do latim que diz sic transit gloria mundi, basicamente ‘a glória mundana é passageira’. Vejo com naturalidade que, em um momento, isso esvanece.
Estado – O Brasil está mudando?
Moro – As pessoas precisam acreditar nas instituições. Claro que as instituições têm que fazer a parte delas. Durante muito tempo, por vários motivos, havia essa percepção de que a Justiça não funcionava bem em relação a crimes praticados por pessoas poderosas. Por diversos fatores, a investigação desses crimes é difícil, o processo é lento. Talvez as coisas estejam mudando. Talvez um pouco prematuro para se afirmar isso. Mas, o próprio caso julgado pelo Supremo Tribunal Federal, da Ação Penal 470 (processo do Mensalão, julgado em 2012), tenha sido o estopim inicial para mudar essa percepção.
Estado – O sr. confia na Justiça?
Moro – Pior do que o juiz que não acredita na Justiça, é o padre que não acredita em Deus. Temos que confiar na Justiça. Agora, a Justiça é algo que se constrói no dia a dia, com os processos, não é uma coisa dada. Assim como a democracia. A democracia não é uma coisa que cai do céu. Precisamos construir e trabalhar as nossas instituições.
Estado – O que o chocou mais na Lava Jato?
Moro – A própria dimensão dos fatos. Eu tenho falado que a corrupção existe em qualquer lugar do mundo. Considerando os casos já julgados aqui, o que nós vimos foi um caso de corrupção sistêmica, corrupção como uma espécie de regra do jogo. O que mais me chamou a atenção, talvez tenha sido uma quase naturalização da prática da corrupção. Empresários pagavam como uma prática habitual e agentes públicos recebiam como se fosse algo também natural. Isso foi bastante perturbador.
Ilustrativamente, também a constatação, e aí me refiro a casos que já foram julgados, de que algumas pessoas que haviam sido condenadas na ação penal 470 persistiam recebendo propinas nesse outro esquema criminoso na Petrobrás. Inclusive, durante o julgamento pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, a demonstrar que a pessoa está sendo julgada pelo Supremo e sequer aquilo teve efeito preventivo para deixar de receber propinas. Foi uma coisa bastante perturbadora.
#moro
#segiomoro
#lavajato
#EuQuero10Medidas
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