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07 #meupalco - Cinco e Meia da Manhã | Gustavo Iser, Mauro Silva e Romulo Acosta| Cover
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Cinco e Meia da Manhã
letra: Edilberto Teixeira
melodia: André Teixeira
Campeã da 27ª Sapecada da Canção Nativa - Lages/SC
"Cinco e meia da manhã", escrita na década de 1970, faz parte da singular produção poética de Edilberto Teixeira, a qual estendeu-se entre as décadas de 1950 e 1990.
Nesta composição, estão registrados detalhes de uma manhã corriqueira de estância, onde ainda cedo o rincão começa a movimentar-se através de sua gente e de sua natureza, na hora em que o mundo naquele lugar gira rodeado por sonoridades próprias e ao compasso de trabalhos cotidianos.
"Cinco e meia da manhã" canta o dia a dia e enaltece sutilezas que são a verdadeira fortuna de um rincão campeiro.
(Francisco Brasil)
"Cinco e meia da manhã
É hora de arriar os pelegos
Porque o céu está azulego
E o patrão já levantou.
Logo vem surgindo a aurora,
As Três-Marias foram embora
E a Boieira ressuscitou.
Cinco e meia da manhã
Hora de encilhar cavalo,
Outra vez cantou o galo
Trepado lá na figueira.
Quando mais, senão agora,
Índio grosso não namora
Negaceia a noite inteira.
Cinco e meia da manhã
Com a vassoura ali esquecida,
Já foi feita a recolhida
E a ordenha da vaca mansa.
Um cardeal num pé de Amora
Com seu canto comemora
A manhã clareando a Estância.
Cinco e meia da manhã
Bota os seus ossos de ponta,
Ligeiro como uma lontra
O peão velho agarra média.
Pega um tento e ata a espora
Com os dedos sujos de fora
E com o cavalo pela rédea.
Cinco e meia da manhã
Hora de parar rodeio,
Logo o peão balança o freio,
Com o cheiro de picumã.
Companheiro não se escora
E só o peão que é caipora
Queima o assado de manhã."
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