MARY ANN SHADD | #MulherDeFibra

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Mary Ann Shadd foi uma educadora, editora, advogada e abolicionista norte-americana. Foi a primeira mulher negra a fundar e editar um jornal na América do Norte, e a segunda a estudar Direito nos EUA. Nasceu no estado escravista de Delaware, em 1823. Seus pais já eram cidadãos livres, e envolveram sua filha na luta pelo abolicionismo desde cedo; sua casa servia como abrigo para escravos fugitivos. Educada por quakers, Mary Ann logo se tornou também educadora, fundando uma escola para crianças negras. No início da década de 1850, Shadd e sua família se mudaram para o Canadá, entrando em contato com toda a comunidade de ativismo negro local. Ali fundou uma escola racialmente integrada e passou a lutar contra a segregação no sistema educacional. Durante a Guerra Civil, cerca de 20.000 pessoas negras nascidas nos EU – livres e escravizadas – se mudaram para o Canadá, em busca de um país mais igualitário. Para incentivar mais imigrantes a se mudarem para o país, Mary Ann Shadd criou o jornal “The Provincial Freeman”, através do qual divulgava o sucesso e prosperidade dos imigrantes negros para o Canadá. assim tornou-se uma das primeiras mulheres jornalistas da América do Norte, e a primeira negra a ser editora de seu próprio jornal. Apesar disso, Shadd conhecia a realidade racista e machista na qual vivia e por muitos anos, não divulgou o seu nome como editora do periódico, dando os créditos de editor a um amigo. No auge da Guerra Civil, Mary Ann Shadd voltou a viver nos Estados Unidos, trabalhando como recrutadora para o exército da União. Mary Ann Shadd também entrou para a história como a segunda mulher negra a se formar em Direito nos Estados Unidos. Ela continuou defendendo a igualdade racial e de gênero até o fim de sua vida. Mary Ann Shadd morreu em 1893, aos 69 anos, vítima de um câncer.